segunda-feira, 14 de maio de 2012

Ordenando a insegurança.
Polarização social e recrudescimento punitivo.
Loïc Wacquant

A análise comparativa dos discursos e tendências penais nos países desenvolvidos
ao longo da última década revela uma íntima ligação entre a ascendência do neoliberalismo,
como projeto ideológico e prática governamental que obriga à submissão ao “livre mercado" e
a celebração da "responsabilidade individual" em todos os campos, por um lado, e, por outro
lado, entre o emprego de políticas punitivas e pró-ativas de obediência à lei que têm como alvo
a deliquência de rua e as categorias aprisionadas nas margens e rachaduras da nova ordem
econômica e moral.
Além das inflexões nacionais e variações institucionais, essas políticas exibem seis
traços comuns.2 Primeiro, elas se propõem a pôr um fim na "era da leniência" e a atacar frontalmente
o problema da criminalidade, bem como os conflitos urbanos e distúrbios públicos
que se situam no limite do direito penal, batizados "incivilidades" enquanto, deliberadamente,
ignoram as causas desses problemas. (leia mais) http://www.institutoelo.org.br/site/files/publications/936d394e644a6e7298ad713d3fedc423.pdf

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