terça-feira, 30 de junho de 2009

Doralice responde:

Medo. Medo. Medo. O cotidiano está repleto de medo, em especial o que ameaça a vida.

Segurança - Quem vive numa cidade com riscos de sofrer alguma violência sabe bem o que é isso. A insegurança em casa, nas ruas. Para isto busca-se mil e uma estratégias. A intenção é diminuir essa sensação. Procura-se estar mais atento ao andar nas ruas, observar mais as pessoas à volta, evitar tais locais, tais horários...ou aumentar os recursos de segurança em casa.

Medo da morte - O medo de morrer de alguma doença também é algo que pode tirar o sono. Como ter total domínio sobre este ser complexo que somos nós? Por mais que se busque cuidar disso e daquilo...alimentação, exercício físico...garantias absolutas não temos.

Medo de não ser aceito – Êita medo danado esse. Tão comum como os outros. Sentir –se fora, deslocado, não amado, discriminado, isolado. As estratégias então são as mais variadas possíveis. O texto enviado pela Karina para subsidiar as reflexões desta semana dão bons exemplos de estratégias utilizadas para evitar o medo de não ser aceito. Como por exemplo, consumir para ser objeto do desejo do consumo.

Medo de sentir medo – E dá-le remédios para aplacar o sofrimento.

Cada vez mais me convenço de que a frase socrática "Conhece-te a ti mesmo" cabe como uma luva nessa reflexão sobre o medo.

Conhecer a si. Conhecer o que traz medo e buscar formas de lidar com ele de modo a ampliar os recursos diante da vida é uma forma de crescimento, amadurecimento.

Refletir permanentemente sobre o que de fato é essencial na vida é fundamental para não ser engolido pela máquina sedutora do consumo. Máquina apelativa que se faz tão presente nos meios de comunicação de massa.

Rubem Alves nos leva a refletir de forma profunda e bela no seu texto "Sobre simplicidade e sabedoria" quando diz que sabedoria é a arte de degustar. Desgutar a partir de uma escolha. Num contexto no qual o mundo do consumo e da multiplicidade não tem vez. O medo também vem do desconhecido.

Medo + desconhecimento + fantasmas + + + gera muitas vezes preconceito. Idéias rasas, com fundamento questionável e que orientam posturas. Essa reflexão é bem válida quando pensamos no usuário de drogas. Tem uma frase que o Adalberto Barreto usa que cabe nesse contexto: "quando eu compreendo eu não julgo". Compreender, ampliar a percepção é também uma forma de lidar com os medos. Dissipar fantasmas. Deixar entrar a luz.

Karina responde:

Cotidianamente sinto medo do desconhecido. Sinto medo quando percebo que habito num mundo em que tudo acontece com presa e que novas coisas impredesíveis acontecerão nos próximos minutos.

O Medo, embora seja geralmente uma sensação desagradável momentaneamente, é um recurso nos momentos subsiguientes, já que a tensão de alerta causada é necessária para viver, serve par superar os perigos reais e nos ajuda a nos defender de nossas angustias. O medo supõe um mecanismo de supervivencia e de defesa que permite ao individuo responder a situaçoes adversas com rapidez e eficácia.

Na tentativa de me defender, busco encontrar razões e explicações frente ao inesperado. E quando as razões que acho não me explicam, me defendo através dos vínculos que gero, através das pessoas que tenho próximas, por meio de uma conversa, de alguns olhares, de alguns momentos prazerosos.

Dessa forma os “mecanismos de defesa” se activam e tem como objetivo a auto proteção do individuo quando este se sente ameaçado. Os mecanismos de defesa não fazem com que a situação desapareça, mas servem para eliminar ou reduzir momentaneamente a ansiedade ou o problema, para posteriormente poder resolver o problema ou a situação que desencadeou o medo. A tensão vá se descarregando impedindo o bloqueio emocional.

Bibliografia sugerida:
Denning, Melita & Phillips, Osborne:
Guía práctica Llewellyn para la Autodefensa Psíquica y Bienestar, Ed. Luis Cárcamo, Madrid, 1989.

Rita responde:

O que tenho observado é que temos medo de sofrer, medo de morrer, medo de enfrentar o diferente, medo de nos comprometer, medo de denunciar os erros (nossos e dos outros ou de grupos), medo de não sermos aceitos, amados, sim temos medo de sermos rejeitados e por conta disso às vezes somos incoerentes e contraditórios. Creio que as estratégias para lidar com esses medos é buscar lá dentro de nós o que realmente acreditamos e queremos. Precisamos encontrar forças e luz dentro de nós para realizar o que acreditamos sem medos. Precisamos nos conhecer, nos amar. Precisamos depender menos dos outros ou de coisas/situações ideais para sermos felizes. Não precisamos ter medo do diferente como se ele fosse uma ameaça. Precisamos nos conscientizar de que há espaço para todos neste mundão de Deus. O diferente nos enriquece. Não nos ameaça. É urgente recorrer a estratégias positivas, que nos tragam esperança, que nos coloquem em ação construtiva. Quando nos posicionamos, quando temos coragem de denunciar os erros e mostrar o correto, colhemos frutos de verdade, transparência, coerência.

Jaciara responde:

O sofrimento psiquico estar presente na vida cotidiana das pessoas, principalmente porque vivemos em uma cultura mercantilista e consumista ,onde a mídia nos provoca por muitas vezes a comprarmos para que possamos estar em relações de igualdade na sociedade.A dor emocional não cuidada nos leva a compensação, como por exemplo se sofremos uma situação de exclusão, desafeto, compensamos comprando e tentando substituir as perdas, que no final do sentimento de compensação que é transitório, o sofrimento por muitas vezes volta com força total.A superação se dar quando passamos a aceitarmos como somos, e despertamos para novas habilidades e competências,nos sentindo amados por nos mesmos em primeiro lugar e percebendo que não precisamos buscar a perfeição para agradar ao outro e sim a nós próprios.Na vida não existem culpados ou erros e sim deficiências que podem ser superadas quando aceitarmos que vivemos dentro de um contexto de relações sistêmicas.Nos causa medo muitas vezes a solidão, a não valorização pessoal e profissional, superamos acreditando no nosso potencial e como citei anteriormente despertando para habilidades e competências antes não percebidas dentro de uma relação sistêmica, onde todos são importantes.

Marta responde:

Geralmente, as defesas são as grandes vilãs nos relacionamentos interpessoais. Não só nos amorosos, mas em qualquer tipo de relacionamento, como nas relações de trabalho, entre familiares, conhecidos etc. Ocorrem situações que vão do coloquial, como por exemplo, alguém deixar de cumprimentar o outro na rua por medo de uma não-resposta, a situações mais complexas como em uma relação amorosa. É impressionante quando se consegue observar o quanto estas defesas impedem as pessoas de se comunicarem, se entenderem, evoluírem. Quantos deixam de amar, por medo de não serem aceitos pelo outro? Quantos deixam de se mostrar como realmente são por insegurança? Quantos buscam o poder, a vaidade, o dinheiro, para se sentirem seguros? Tudo isso por medo de não serem aceitos, nem reconhecidos. As pessoas, ao se defenderem, geralmente negam suas limitações, tentam camuflar ou compensar o que consideram um defeito, um ponto negativo. John Powell comenta que muitas pessoas famosas se tornaram boas naquilo que se propunham a fazer, porque estavam querendo compensar algo que se consideravam ruins. É o que se chama "compensação substituta". Na psicologia freudiana, mecanismos de defesa são os diversos tipos de processos psíquicos, cuja finalidade consiste em afastar um evento gerador de angústia da percepção consciente. São funções do Ego, e por definição inconscientes (repressão, divisão ou cisão, negação ou negação da realidade, projeção, racionalização, formação reativa, identificação, regressão, isolamento, deslocamento, sublimação).
O caminho para uma relação melhor com o mundo em que existam menos defesas, é o autoconhecimento. É através dele que as pessoas vão entendendo o porquê de reagirem diante das situações, da maneira como reagem. E é apenas através da compreensão e da consciência dos problemas é que se torna possível mudar, evoluir, desenvolver. É através do autoconhecimento que as defesas podem se tornar menores, que o indivíduo consegue aceitar a si e ao outro, cobrando menos, exigindo menos, aceitando mais as realidades da vida.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

SEMANA IV

O tema desta semana é:

CONFLITO E MEDIAÇÃO E.. é hora de vocês buscarem sua propria bibliografia de apoio!! Estamos enviando um material para contribuir com a reflexão, mas é tarefa dessa semana que cada um de nós, respondamos a pergunta da semana baseados na bibliografía e os autores que cada um escolha. Assim teremos muitas reflexões a partir de diversos autores que poderemos compartilhar com o resto até quinta feira próxima!!


PERGUNTA DA SEMANA:
No seu dia a dia, no trabalho comunitário, ou mesmo nas ações em grupo que desenvolvem seja ele equipe, amizades, família, etc; onde percebe as situações de maiores conflitos? quem as media? Como é feita? Reflita à luz de um autor de sua preferência. Você já leu, esta lendo algum texto sobre o tema?Existe algum filme que te faz lembrar deste tema de maneira particular? Por qué?

Joana responde:

Não fomos preparados para compartilhar nem para resolver com agilidade e de forma não-violenta os problemas que vão surgindo em nossas relações pessoais. Não desenvolvemos a sensibilidade necessária para saber interpretar a linguagem de nossos sentimentos. Nossa razão não foi exercitada na resolução de conflitos e tampouco dispomos de um repertório de atitudes e comportamentos práticos que nos permitam sair dignamente de uma situação de conflito. Nossa formação nos tornou mais hábeis para lidar com o mundo físico do que com o social; aprendemos mais coisas do mundo exterior que de nossa própria intimidade; conhecemos mais os objetos que as pessoas do nosso convívio”.
(Sastre & Moreno, 2002)

De todas as formas de conflito que imagino, sempre estão presentes duas ou mais formas de pensar. Algumas vezes percebemos que o conflito envolve além da diferença de opiniões, outros interesses que tornam mais difíceis a conciliação.
No meu trabalho o maior conflito se faz presente frente a nossa missão de acolhimento temporário em contrário ao desejo de muitos usuários de transformar o albergue em residência definitiva. Mediar neste caso significa conscientizar o usuário da necessidade de lutar por condições de vida independentes, valorizando a autonomia e individualidade.
Se por um lado a Reciclázaro oferece as necessidades básicas para quem faz uso de nossas casas, por outro exige que o usuário aprenda a viver coletivamente com espaço para as peculiaridades de cada um reduzidas.
Para Sales, a mediação possibilita a transformação da “cultura do conflito” em “cultura do diálogo” na medida em que estimula a resolução dos problemas pelas próprias partes. A valorização das pessoas é um ponto importante, uma vez que são elas os atores principais e responsáveis pela resolução da divergência.
A visão positiva do conflito é considerada um ponto importante. O conflito, normalmente, é compreendido como algo negativo, que coloca as partes umas contra as outras. A mediação tenta mostrar que as divergências são naturais e necessárias pois possibilitam o crescimento e as mudanças. O que será negativo é a má-administração do conflito.
Outro conflito inerente aos nossos serviços se faz mediante a burocracia do nosso convênio; ele determina por exemplo se o usuário faltar três vezes deverá deixar o serviço, porém, esta regra anula situações imprevistas como uma internação hospitalar ou outro evento. Algumas pessoas ficam tão presas a estas regras que esquecem que por trás delas existem pessoas necessitadas que precisam de ajuda. Por isto, é comum conflito dentro da própria equipe técnica, se por um lado alguns querem respeitar as regras (privilegiar as determinações do parceiro) , outros querem entender o que há por trás do não cumprimento delas (quem faltou, por que faltou, o que acontece?).
Quanto a mediação, encontrei um texto de Lilia M.M. Sales que explica sobre mediação de forma muito simples e compreensível, a autora ressalta que
“A mediação representa uma forma consensual de resolução de controvérsias, na qual as partes, por meio de diálogo franco e pacífico, têm a possibilidade, elas próprias, de solucionarem seu conflito, contando com a figura do mediador, terceiro imparcial que facilitará a conversação entre elas. A mediação de conflitos propicia a retomada do diálogo franco, a escuta e o entendimento do outro.
São vários objetivos dentre os quais destacam-se a solução dos conflitos (boa administração do conflito), a prevenção da má-administração de conflitos, a inclusão social (conscientização de direitos, acesso à justiça) e a paz social. O segundo objetivo da mediação é a prevenção de conflitos. A mediação, como um meio para facilitar o diálogo entre as pessoas, estimula a cultura da comunicação pacífica. Quando os indivíduos conhecem o processo de mediação e percebem que essa forma de solução é adequada e satisfatória, passam a utilizá-la sempre que novos conflitos aparecem.
A mediação, sendo um meio de solução que requer a participação efetiva das pessoas para que solucionem os problemas, tendo que dialogar e refletir sobre suas responsabilidades, direitos e obrigações, incentiva a reflexão sobre as atitudes dos indivíduos e a importância de cada ato para sua vida e para a vida do outro. A pessoa é valorizada, incluída, tendo em vista sua importância como ator principal e fundamental para a análise e a solução do conflito. Dessa forma, como representa mecanismo informal e simples de solução das controvérsias, exigindo ainda um procedimento diferenciado, no qual há uma maior valorização dos indivíduos do que meros documentos ou formalidades, percebe-se, de logo, um sentimento de conforto, de tranqüilidade, de inclusão... Da mesma maneira, é imprescindível que exista igualdade nas condições de diálogo, de forma a evitar que uma parte possa manipular a outra, o que resultaria em um acordo frágil, com grande probabilidade de ser descumprido.
Segundo a psicóloga e mediadora Eunice Rezende, “ a mediação estimula que as pessoas conversem e se responsabilizem pela sua demanda. Elas não precisam de um juiz para lhes apontar a solução do conflito. Com isto, as pessoas saem do processo empoderadas, com soluções criadas por elas mesmas e a sua relação preservada”,. Ainda para Rezende, o papel da orientação é muito importante. “Mesmo quando a pessoa é encaminhada, trabalhamos com ela todos os princípios da mediação que é a promoção da autonomia, emancipação e a importância do diálogo na resolução do conflito mesmo no judiciário”, explica, “a mediação comunitária é a atuação do programa no seu viés coletivo. Toda a metodologia do atendimento é empregada para fomentar grupos nas comunidades, orientá-los quanto ao acesso a direitos, acompanhá-los frente a reivindicações junto ao poder público e ainda estimular a formação da rede social para atendimento da comunidade.”
SOUSA, Lília Almeida. A utilização da mediação de conflitos no processo judicial . Jus Navigandi, Teresina, ano 9, n. 568, 26 jan. 2005. Disponível em:
<http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=6199>. Acesso em: 27 jul. 2009.
http://www.esmpu.gov.br/dicionario/tiki-index.php?page=Mediação+de+conflitos
Lógica do ganha-ganha na resolução de conflitos , Flávia Resende 19/11/2008
http://www.comunidadesegura.org/pt-br/MATERIA-logica-do-ganha-ganha-na-resolucao-de-conflitos
Paiva, Luiz, Resolução de Conflitos, 2006,
http://ogerente.com/congestionado/2006/09/20/resolucao-de-conflitos/

Mariana N responde:

A Administração de Conflitos consiste exatamente na escolha e implementação das estratégias mais adequadas para se lidar com cada tipo de situação. Lidar com o conflito consiste em trabalhar com grupos e tentar romper alguns estereótipos vigentes no local de trabalho; criar tarefas a serem executadas em conjunto por grupos diferentes é uma forma de garantir que seu cumprimento seja reconhecido pelo trabalho dos grupos.
O mediador é aquele que mobiliza as partes em conflito para um acordo. Ajuda as partes envolvidas a discutir e resolver as situações de conflito. É o facilitador do processo.
A solução de conflitos ocorre mediante 3 (três) estratégias: evitar, adiar e enfrentar. Evitar está relacionado à repressão das reações emocionais e a procura de outros caminhos, ou mesmo o abandono da situação. Deixam dúvidas e medos acerca do mesmo tipo de situação no futuro; adiar significa protelar a situação até que a mesma se esfria. Resulta em sentimentos de insatisfação e insegurança acerca do futuro; Enfrentar relaciona-se ao confronto com as situações e pessoas em conflito e pode acontecer através de estratégias de poder e negociação.
Estratégias de poder
Inclui o uso da força física e outras punições. Caracteriza-se pelo comportamento agressivo. Há um vencedor e um vencido.Conseqüências: hostilidade, angústia e ferimentos.
Estratégias de negociação
Consiste em resolver o conflito, com uma solução que satisfaça a ambos os envolvidos. Caracteriza-se pelo comportamento assertivo: defesa dos próprios direitos e opiniões, sem apelar para a violência ou desrespeito ao outro. Fornece maior quantidade de conseqüências positivas.
Estilos de Administração de Conflitos
Competição: busca satisfação dos interesses, tenta convencer a outra parte, leva a outra parte a aceitar a culpa.
Colaboração: contempla os interesses das partes envolvidas, busca resultado benéfico para ambas.
Acomodação: tende a apaziguar a situação, chegando a colocar as necessidades e interesses da outra parte acima dos seus (fuga), caracterizando-se pelo comportamento submisso.
Compromisso: uma das partes do conflito desiste de alguns pontos ou itens, levando a distribuir os resultados entre ambas as partes.
Para atingir a solução de um conflito é necessário identificar o problema, determinar a natureza do conflito, saber se as pessoas envolvidas estão conscientes do problema e dispostas a buscar a solução; analisar e escolher a melhor solução; transformar o negativo em positivo, diversidade de idéias, respeito às características individuais, conciliar os opostos; colocar em prática, avaliar os resultados, manutenção, acompanhamento e avaliação.
Para a solução de um conflito é necessário saber comunicar, saber ouvir, saber perguntar, controle emocional, colaboração e empatia por parte do mediador.
11 Sugestões para uma boa administração de conflitos:
Procure soluções, não culpados;
Analise a situação;
Mantenha um clima de respeito;
Aperfeiçoe a habilidade de ouvir e falar;
Seja construtivo ao fazer uma crítica;
Procure a solução Ganha-ganha
7. Aja sempre no sentido de eliminar os conflitos;
8. Evite preconceitos;
9. Mantenha a calma;
10. Quando estiver errado, reconheça;
11. Não varra os problemas para debaixo do tapete.
O manejo de situações de conflito é essencial para as pessoas e as organizações como fonte geradora de mudanças, pois das tensões conflitivas, dos diferentes interesses das partes envolvidas é que nascem as oportunidades de crescimento mútuo.

Ricardo responde:

O fato de existirmos pressupõe vivermos em conflito permanente, começando a partir das diversas fases de desenvolvimento (infância, adolescência, juventude, adulto, velhice). Também nos relacionamentos familiares (compreendendo esse espaço como de acolhimento e segurança). O conflito também é inerente à vida em sociedade.

Vale salientar que há níveis diferenciados de conflitos. Alguns contribuem para o nosso crescimento pessoal, para a aprendizagem e a convivência social. Lamentavelmente, há os conflitos que extrapolam a convivência social harmônica, e que geram a violência física, psíquica e moral. Este tipo de conflito nos dias atuais cresce e se torna cada vez mais banal, seja por influência dos meios de comunicação ou pelo modelo de “vida moderna”, onde não é valorizado o diálogo e a convivência comunitária e predomina a intolerância.

Percebo que em nossa comunidade a maioria dos conflitos está dentro das famílias. Os conflitos de geração acabam tomando-se verdadeiras guerras. Também é neste espaço que acontece os mais variados tipos de violência, inclusive abusos sexuais (originados de outros tipos de conflitos). A figura do lar (família) passa a ser da discórdia e da insegurança. Diálogo não é mais possível, usa-se a forca física, o que gera mais conflitos. E para mediar esta situação, buscam-se os agentes dos direitos (polícia advogado, juiz, etc.). Os conflitos são “resolvidos” (ou melhor, jogado para debaixo do tapete até que venha um outro, e recomeça tudo de novo) a partir da Lei e não do diálogo.

É necessário criarmos espaços de mediações dos conflitos familiares ou comunitários, onde o diálogo entre as gerações sejam feitas, prevalecendo o respeito ao próximo. E que nos conflitos, os envolvidos tirem uma aprendizagem para as suas vidas e que de fato se reconciliem.

Bibliografia: O fim do silêncio na violência familiar: teoria e prática
Dalka C. A. Ferrari e Tereza C. C. Vecina

Sergio responde:

Mediação de conflitos : pacificando e prevenindo a violência Por Malvina Muszkat é um livro que discorre sobre mediaçao social em comunidades,exercendo um papel no enfrentamento de violencia. o mediador nao precisa de nenhuma educaçao formal específica,mas treinado no uso de um método,onde os conflitos sao vistos como subjetivos,e o mediador nao necessariamente ser neutro, mas alguem que visa propiciar possibilidades , n só acordos,e principalmente atuar na prevençao dos conflitos,proporcionando que a própria comunidade,ou o grupo encontre a melhor saida ,o que permiti o desenvolvimento do protagonismo,humanizando as pessoas em relaçao as outras.
Essa teoria me fez lembrar uma situaçao de conflito entre um usuário da ong pode crer e minha sócia,quando precisei mediar,com dificuldades na neutralidade,para evitar uma situaçao de violencia.num primeiro momento apaziguei o conflito para evitar a situaçao impulsiva,e propus uma conversa futura entre os dois para dar voz aos sentimentos desse usuário e mostrar novas formas de enfrentamento e busca de acordo,mas ele foi preso e a situaça nao se resolveu.Esse fato,nao incomum na nossa prática aponta para a necessidade de oficinas vivenciais,grupos e conversas constantes com essa populaçao para a prevençao da violencia e busca de novas formas de lidar com o conflito ,mostrando que eles nao sao negativos e nao precisam ser devastadoores.

Walter responde:

Mesmo sem ter consciência, as pessoas negociam todos os dias por diversas horas, tanto na vida pessoal como profissional. No ambiente familiar e profissional, conflitos que não são resolvidos de forma adequada comprometem seriamente o relacionamento entre as pessoas.Desde que nascemos, vivemos em conflito, ao nascer temos o conflito de ter que sair de um lugar calmo, protegido, onde temos tudo a nossa disposição para irmos a um lugar desconhecido, onde os sentidos passam a ser mais aguçados (frio, calor, dor, etc). No decorrer de nossas vidas enfrentamos várias outras situações, desde as mais banais que de acordo com a idade não são tão banais, são os dentes que nascem e caem, as dores, as frustrações que servem para nos fortalecer.Na idade adulta os conflitos são outros, a universidade a ser cursada, o trabalho e o cônjuge a ser escolhido.Situações de conflito fazem parte do nosso cotidiano e são estas que fazem o ser humano crescer.
No trabalho realizado no Tratamento comunitário da Lua Nova temos vários conflitos, entre equipe e entre os jovens. As situações de conflito dentro deste trabalho são sempre voltadas para o crescimento e melhora do serviço.Nesta área divergências separam colegas de trabalho, lideranças são enfraquecidas e pessoas são prejudicadas devido a não mediação destes conflitos. A vida é feita de conflitos, que muitas vezes causam dor, sofrimento, mas no final servem como alavancas para superarmos dificuldades e melhorarmos nossa situação.
Bibliografia: Negociação: como usar a inteligência e a racionalidade - Gonzaga Ferreira.
Dicas de filmes:• Crash – No Limite
•Coach Carter – Treino para a Vida
• Magnóliaç
• 21 gramas
• Meteoro
• A Cura
• Lado a lado
• Meninas não choram
• Colateral
• Medidas extremas
• Desafiando Gigantes
• A Virada

Andrea responde:

Acredito que as situações de conflito acontecem em todas as áreas de nossas vidas, na família, no trabalho etc., e também as entendo como forma de existência humana, sem os conflitos não haveria transformação.
Pesquisando sobre o assunto encontrei comentários de um livro chamado "É certo estar sempre certo? - uma fábula corporativa contemporânea", da Editora Futura, onde o autor apresenta uma tabela mostrando as recompensas de estar certo, comparadas aos riscos de estar certo (e de tirar a certeza de alguém).
As recompensas x Os riscos
1- Sentimo-nos superiores x Podemos estar fazendo alguém se sentir inferior;
2- As coisas são feitas a nossa maneira x Os outros podem deixar de dar o melhor de si porque não gostam de nossa proposta;
3- Sentimo-nos em controle x A parte antagonista pode se sentir acuada;
4- Evitamos ser controlados por outros x Os outros podem se ressentir de nosso controle;
5- Obtemos uma confirmação de nossos valores e de nossas crenças x Os valores e crenças dos outros podem ser violados;
6- Sentimos o doce sabor da vitória x O gosto da derrota é amargo (e pode ser lembrado em futuros embates);
7- Vencemos uma discussão x Podemos perder um relacionamento;
8- Vencemos uma batalha x Podemos perder a guerra.
Conclusão: Ganhar ou perder em uma situação de conflito, pode não ser tão importante quanto o resultado dessa experiência para as partes envolvidas.Lição: É preciso respeito e consideração na administração de suas disputas.

Maysa responde:


FILMES QUE RECOMENDO
- Transpotting (Inglaterra): 1996
- KIDS (EUA): 1995. - Edukators (Alemanha-Austria): 2004
BIBLIOGRAFIA DE MINHA ESCOLHA
- Formas Múltiples de Trabajar con el Conflicto- Por Ben Fuchs y Maggie Buxton
- Desobediência: a Virtude Original do Homem - Oscar Wilde
No meu dia-a-dia percebo diversas situações de conflito.
1 – O conflito como uma ameaça de segurança ou sobrevivência. Esse é o tipo de conflito mais comum que ocorre nos diversos níveis (funcionários, comunidade, publico atendido). Geralmente este tipo de conflito está relacionado a abuso de poder, vingança, violência verbal ou até mesmo física. Neste caso, o conflito vem com sentimentos de raiva, humilhação, vergonha, desvalorização ou impotência que podem ser conscientes ou não (lembrando de outros fatos passados).Ë por isso que normalmente esses conflitos parecem ser maiores que o problema em si. E normalmente são usadas formas de manejo da crise: amenizar o conflito, imposição de regras e fazer-se respeitar as políticas. Baseamo-nos num método de regras e procedimentos através de uma autoridade positiva.
Um bom exemplo do cotidiano: brigas entre jovens nos negócios (o poder, o mandar), desentendimento entre membros da equipe (relacionados a problemas pessoais, mentiras, etc.)
2 – O conflito como ameaça a identidade. O segundo tipo de conflito é aquele relacionado a auto-estima, credibilidade, imagem e reputação, estar correto e competências. Esse, tenho visto mais vezes com a equipe do dia-a-dia. O conflito é visto pelos indivíduos a partir de seu ponto de vista e seu próprio ego (perder seu cargo, que sua idéia seja aquela que será implementada, querer reconhecimento maior que do restante da equipe, etc.).Normalmente o método usado nesse caso para solucionar o conflito é o dialogo, mediação e a negociação. Tudo baseado na racionalidade e através de uma mediador.
3 – O conflito como uma oportunidade.Por último vejo um outro tipo de conflito, aqueles que estão mais voltados as relações da nossa organização com outras, ou de coordenação para coordenação. São visões diferentes, múltiplas verdades, paradoxos e incertezas. O individuo aqui deixa de pensar do seu próprio ponto de vista para pensar de maneira mais sistemática. Identificamos quando sustentamos um ponto de vista que é parte do outro e vice-versa.O método mais comum de enfoque (transformação de conflito) desses casos, está no processo em si e não nos indivíduos, mas nas relações entre eles e na complexidade social (vide o primeiro texto da Semana I). Nesse caso a intervenção poderá ser feita através de um facilitador.A medida em que as habilidades para resolver os conflitos tornam-se cultura da organização, as qualidade entre as relações tendem a melhorar, pois estes conflitos podem apontar para pontos que necessitam de atenção dentro do sistema que trabalhamos. Assim, as polaridades entre ganhar e perder, certo e errado, meu e seu tornam-se cada vez menos relevantes nos processos.

Patricia A responde:

No trabalho que realizado são diversas as situações de conflitos encontradas. Desde os conflitos entre a equipe, entre os jovens que participam do espaço, nas comunidades, entre instituições, entre outros. Mas quero em ater a duas situações que temos presenciado e acho interessante relatar. Uma das situações é os conflitos dos Educadores Pares com a equipe “técnica” e um outro é entre líderes e atores da comunidade. A mediação configura um meio consensual de solução de conflitos no qual duas ou mais pessoas, com o auxílio de um mediador – terceiro imparcial e capacitado, facilitador de diálogo – discutem pacificamente, buscando alcançar uma solução satisfatória para o problema. As pessoas que vivenciam a controvérsia são as responsáveis por sua administração e solução. O poder de decisão é das partes e não do mediador. Muda a concepção do conflito, que deixa de ser entendido como algo prejudicial à sociedade para receber uma conotação positiva.
O conflito é percebido assim como algo natural, próprio e oriundo das relações humanas. Necessário para o aprimoramento e transformações das atitudes dos indivíduos, em prol de uma convivência pacífica e solidaria. A mediação, assim, possui importante papel no resgate à participação das pessoas na efetiva solução de seus problemas, sempre por meio do diálogo. Inicia-se a busca da comunicação e atuação concreta em prol do reconhecimento da responsabilidade de cada um por suas atitudes e conseqüentes mudanças de comportamento de forma consciente. E também um ponto importante explicitado no texto é que a mediação de conflitos dá acesso à cidadania e aos direitos humanos de uma comunidade, de um grupo, de pessoas.
Voltando um pouco nas situações de mediação de conflito que cito como importante a de Educadores Pares e equipe “técnica”, acabam ocorrendo diariamente porque os Educadores trazem uma maneira de lidar com os jovens, maneiras de intervir que muitas vezes difere da equipe que possui o “saber”(muito entre aspas). E ai quem é o mediador? Bom, nestes casos acredito que os mediadores acabam sendo um representante eleito no meio da discussão, aquele que acaba tendo uma postura mais imparcial, que ouve as duas partes, podendo ser um da equipe técnica ou um educador par. Mas o que observo que é mais interessante é que essas discussões fazem com que todos reflitam muito sobre determinada situação, até que todos chegam a uma conclusão que abarque as questões de um lado e as de outro, e também enriquecem muito o trabalho com a contribuição que os dois SABERES trazem. Outra situação é a de líderes e atores comunitários. Uns meses atrás e ainda está acontecendo isso em um bairro que Lua Nova atuou por muito tempo. Dois líderes comunitários estão brigando por um espaço, sendo que cada um quer desenvolver uma ação social neste local. Muitas outras questões perpassam por esse “conflito”, mas a questão apareceu por causa desta luta pelo espaço. A comunidade acaba que se dividindo, uns dão razão para um, outros para o outro. Nosso papel neste momento, foi ser imparcial (tentar ser pelo menos, porque isso é um pape difícil), e nos afastarmos do meio da confusão, dado que eles estavam até disputando a Lua Nova.
Portanto, no nosso trabalho os conflitos são diários e a mediação ocorre através dos próprios lideres e atores da comunidade, que assumem este papel; em outras situações por membros da equipe, sendo os educadores pares ou os “técnicos”; os jovens mediam conflitos também.Neste texto que cito como bibliografia achei interessante devido ao exemplo que colocam de mediação comunitária, no qual a própria comunidade media os conflitos, tendo o poder de resolução e prevenção dos mesmos. Representa um meio efetivo de transformação da realidade, o que vai de encontro com os nossos trabalhos comunitários...
Bibliografia: A mediação Comunitário: Instrumento de democratização da Justiça.
Filmes:
Abril despedaçado
O último rei da escócia
Gangues de Nova York
Scarface
Os Intocáveis
Xeque-Mate
O Senhor das Moscas

Maria Clara responde:

No meu dia a dia não trabalho com Tratamento Comunitário (ainda!); Dentro do meu grupo de trabalho percebo as situações de maior conflito com muita frequencia, sempre que discutimos os casos de cada um dos usuários do serviço, principalmente aqueles que tem maiores dificuldades ou mais comorbidades associadas à dependência, ja que todos chegaram ao serviço em busca expontânea de tratamento para uma, ou várias situações que ques trouxe algum sofrimento. A mediação não é feita por uma só pessoa em particular, mas, em geral com o profissional que tenha uma maior proximidade com aquele usuário. Já disponibilizei uma grande relação de livros e filmes, que, de um modo geral me auxiliam com o trato com os adolescentes que tem problemas com o uso indevido de drogas, em especial, por exemplo o livro "Adolescência e drogas" da Ilana Pinsky e Marco Antônio Bessa.

Raquel responde:

Entendo as situações de conflitos como necessárias para a nossa sobrevivência e para que o movimento necessário nos grupos ao qual pertencemos exista para que as relações não morram. O conflito e sempre visto como algo que reaviva , que redefine as relações, onde não há conflito não há relação. A questão talvez seria entender antes da mediação , a que vem este conflito e o que ele realmente esta sinalizando.

È comum que fiquemos atentos aos conflitos em si e não busquemos o seu significado, a sua função e a sua razão de existir. Porque apareceu naquele momento. Porque esta atingindo mais a uns que a outros. Creio que no dia a dia do meu trabalho as situações de conflito estão sempre presentes , algumas incomodam muito , outras são mais aceitáveis porem acredito que todas sinalizam algo, a necessidade de mudança, a atenção a uma questão. O conflito nunca existe sem relação . Entao o foco deve se dar na relação.

Neste sentido penso na mediação, necessária porém deve o quanto mais servir a mudança , a desconstrução e a reconstrução das relações . Por isso acredito que o mediador deve estar dentro do conflito e não fora dele. Difícil, mas real. As vezes a mediação transformadora e aquela que gera ainda mais conflito , fazendo com que as pessoas e os seus espaços sejam revistos, redesenhados e repensados.

Fico pensando acima de tudo no meu papel de mãe como mediadora ou estimuladora de conflitos . Acho que esta personagem é uma personagem chave na nossa vida, seja para criar como para mediar conflitos. Através deste exercício vamos entendendo o nosso modo de vivenciar situações de conflito e medição e de conseguir integrar a experiência no nosso processo de crescimento .

Assim, minha pequena reflexão com relação a este tema esta ligada mais aos pequenos conflitos e as grandes mediações. OS pequenos conflitos nos auxiliam a entender como somos e quais contextos conseguimos integrar. As grandes mediações podem impedir o crescimento por esconder as relações.

A escolha de Sofia seria o filme que eu indicaria por tratar de um conflito que vai gerar modos diferentes daquelas crianças de enfrentarem seus inúmeros conflitos e consequentemente aceitarem ou não uma mediação

Jaqueline responde:

Conflitos familiares e qualidade de vida em idade avançada: um estudo de caso numa comunidade do sul do estado de Nuevo León (México)José Azoh Barry

O presente trabalho constitui um contributo para o estudo da violência ou maus tratos familiares, e pretende enfatizar a importância que as características da vida familiar para o progresso da condição humana e para a qualidade de vida. Neste sentido, a qualidade de vida é abordada como variável dependente. Mediante um procedimento qualitativo, a ilustração de um caso real numa comunidade do sul do estado de Nuevo Léon permite documentar o efeito devastador dos conflitos familiares – especialmente quando não resolvidos – na qualidade de vida numa idade avançada. O estudo do caso apresenta a relevância das soluções a curto prazo versus as de longo prazo relativamente ao fomento de mudanças desejáveis e viáveis nas relações familiares.

Rita responde:

No seu dia a dia, no trabalho comunitário, ou mesmo nas ações em grupo que desenvolvem seja ele equipe, amizades, família, etc; onde percebe as situações de maiores conflitos? quem as media? Como é feita? Reflita à luz de um autor de sua preferência. Você já leu, esta lendo algum texto sobre o tema?Existe algum filme que te faz lembrar deste tema de maneira particular? Por qué?
Percebo o "pré - conceito" sobre uma pessoa uma das situações de maior conflito seja no trabalho em equipe, entre amizades, na escola, na família. Não aceitamos o outro como ele é, em suas diferenças, não tentamos entrar no coração do outro, na sua realidade, não queremos saber o que o outro pensa, porque pensa assim. E aí criamos barreiras imensas. Vejo que geralmente quem media um conflito é uma mulher: mãe, irmã, esposa, cunhada, tia, avó. Esta mediação, geralmente é feita, no diálogo, ouvindo cada parte e tentando conciliar, ou seja, levar e trazer as coisas como elas são, as intenções que estão por trás das ações. Gostei muito do texto enviado sobre o Projeto em Florianópolis, com os internos do Educandário São Lucas. E nesta semana ouvi o depoimento de Ricardo Ribeirinha, que se recuperou da dependÊncia química na Fazenda Esperança e atualmente tem um trabalho de Prevenção em Tocantins. Ele fez o lançamento do Projeto: Viver de cara limpa, que é prevenção nas Escolas. Ele disse que o primeiro empurrão que recebeu foi quando, na FEBEM, sempre acostumado a ouvir, ouvir, ouvir conselhos, ouvir orientações, ouvir sermões... uma assistente social chegou e disse que estava ali para ESCUTAR. Ele se desmontou e pela primeira vez, depois de 7 anos usando drogas abriu seu coração e falou de suas dores e opressões. Alguém o escutou e isto mudou sua vida. Creio que o enfrentamento à violência para por aí. Estes jovens rebeldes, violentos necessitam ser escutados por pessoas que queiram entrar em seus corações. Assisti um filme chamado "Duelo de Titãs" que retrata o preconceito entre negros e brancos nos EUA. O conflito é mediado por um técnico de futebol que coordena um time onde há negros e brancos. Eles aprendem não só a se tolerar, mas a se amar. É muito bom este filme para aprender a viver em equipe, cada um do seu jeito, acolhendo e enriquecendo-se com o jeito do outro.

Marta responde:

Segundo Maria Teresa Maldonado:
"A visão sistêmica é muito útil para desenvolver nossa sensibilidade para captar a complexidade dos conflitos, especialmente os que envolvem múltiplas partes. A visão sistêmica supõe a causalidade circular, e não a linear (causa-e-efeito), enfatizando a interdependência de todos com todos e de tudo com tudo. Em palavras simples: o que eu faço influencia o que você faz e vice-versa.''Com este olhar sistemico,O que define o conflito como destrutivo ou construtivo é a nossa maneira de lidar com ele. O conflito pode resultar em brigas crônicas e em escalada da violência; por outro lado, pode ser terra fértil para criar boas opções. Daí a encruzilhada e o desafio: como desenvolver habilidades para transformar conflitos destrutivos em caminhos construtivos para harmonizar diferenças e criar soluções satisfatórias para todos? Tenho tentado vencer esse desafio,controlando minha impulsividade e buscando tanto na vida pessoal como nos ambientes de trabalho soluçoes não-violentas dos conflitos, onde as diferenças são reconhecidas e os problemas são redefinidos para a busca de soluções que satisfaçam as necessidades de todos.Podemos encontrar um exame mais aprofundado dessas questões em vários autores, como Leonardo Boff, Fritjof Capra, Milton Santos, Elise Boulding e William Ury.Com certeza o desgaste emocional é menor,mas existem situaçoes em que precisamos entrar com um terceiro facilitador que escuta as partes,como no caso de desavença familiar ou entre dependentes químicos, esclarecendo as questões, estimulando a criação de opções e ajudando as partes a chegarem às suas próprias soluções. Motivando sem manipular e incentivando a construção do acordo sem coerção. Para isso, é preciso ter habilidade para separar as pessoas do problema. Como diz William Ury, é preciso ser gentil com as pessoas e duro com o problema. Em outras palavras, aprender a atacar o problema sem atacar as pessoas. Quando as pessoas gastam muita energia se atacando, a briga fica interminável e o problema que elas querem resolver fica sem solução. A escuta respeitosa é o principal recurso de comunicação porque nos permite ir mais fundo no conflito. Considera-se que 50% da negociação dependem da escuta. A partir daí, é possível compreender, expressar sentimentos, ter empatia. Portanto, no papel de negociadores, conciliadores ou mediadores, para ir “além das aparências” no conflito, precisamos ficar neutros,e controlar nossos proprios sentimentos.Com certeza acho mais fácil ser a mediadora do que estar no meio do conflito...Nossa capacidade de atuar no mundo é fortemente influenciada pela linguagem que adotamos: podemos colocar o foco no que falta, nos problemas, nas razões pelas quais as coisas não andam bem; mas podemos escolher colocar o foco no que está bem e pode ficar ainda melhor; quando apreciamos as competências das pessoas, abrimos novos espaços para ser e atuar. Portanto, certas formas de comunicação são mais eficazes para abrir novas possibilidades e construir um clima melhor no relacionamento. Podemos construir novas maneiras de conversar que resultem na busca ampliada de soluções e de responsabilidades compartilhadas, em vez de empacarmos em justificativas, queixas e acusações. Isso significa sair da postura de dar desculpas para a postura de assumir responsabilidades e, em conseqüência, aumentar nosso poder de transformar a situação em que estamos.Para mim esse processo exige maturidade e com certeza nos ajuda a sermos seres humanos melhores.

Mariana responde:

As situações de conflito são encontradas em todos os campos de nossa vida. Entramos em conflito diante de uma possibilidade de escolhas, entramos em conflito no trabalho, na vida amorosa, nas crises de idade, nas crises profissionais e quando discutimos algo com alguém que não compartilha da mesma visão que a nossa.No mundo afora somos testemunhas dos mais diversos conflitos, vemos os conflitos entre etnias, entre o crime organizado e o estado, entre políticos, entre sociedade civil e poder publico e tantos outros que testemunhamos todos os dias.A situação de conflito irá emergir sempre que duas ou mais partes não puderem compartilhar de um mesmo ponto de vista. É trabalho da mediação então achar um meio termo entre lá e cá.No meu trabalho enfrentamos tais situações nas reuniões de líderes comunitários, nos grupos realizados com os jovens ou mesmo no dia a dia já que o núcleo é freqüentado por diversos jovens engajados em diversas causas e portanto vez ou outra surgem pontos de vista diferentes em uma determinada discussão o que acaba por gerar um conflito entre eles, sendo, em todos este casos, necessária a mediação por um dos membros de nossa equipe.A Mediação é um processo que tema função de cooperar para resolver um conflito, onde um terceiro imparcial é solicitado pelos protagonistas do conflito para ajudá-los a encontrar um acordo satisfatório para ambos, porém acredito que o termo “imparcial” é questionável visto que eventualmente o mediador pode acabar por se identificar com uma das idéias em oposição, tendo ele que se isentar de suas “verdades” para poder mediar o conflito.Dessa forma o mediador esta sujeito à vontade das partes sem o poder de decisão, não devendo impor uma posição especial, mas sim facilitar o processo vislumbrando pontos em comum para se chegar ao entendimento.No nosso trabalho procuramos também formas criativas de se mediar e se resolver um conflito.Isso me lembra um filme que vi há algum tempo atrás, chama-se “O dia em que o Brasil esteve aqui”, ele fala de uma guerra ou guerrilha, que houve no Haiti em 29 de fevereiro de 2004 em função de um golpe de estado que derrubou o presidente Jean-Bertrand Aristide. Guerrilheiros armados tomaram as ruas do país. Tentando restaurar a paz, as tropas brasileiras a serviço da ONU desembarcaram no Haiti, mas o primeiro-ministro fez uma declaração inesperada: "em vez de tropas, o Brasil deveria enviar sua seleção de futebol". Assim diante do pedido, na capital do Haiti, em 18 de agosto de 2004 as seleções de futebol do Brasil e do Haiti protagonizaram um jogo amistoso para promover a paz e deu certo! O encontro destas seleções ajudou a mediar e a amenizar os graves conflitos interno que ali existia! Sem dúvida uma forma criativa e inusitada de se resolver um conflito!http://www.abpp.com.br/artigos/17.htm

Um livro que recomendo: Diálogo e Conflito de Paulo Freire, Moacir Gadotti, Sérgio Guimarães e Isabel Hernandez.

Filmes que acredito que todos nós deveriamos assistir:
  • À MARGEM DO CONCRETO
  • PIXOTE
  • A LEI DO MAIS FRACO
  • LINHA DE PASSE
  • A PONTE
  • UMA FLOR NO LIXÃO
  • O PRISIONEIRO DA GRADE DE FERRO
  • SANEAMENTO BÁSICO, O FILME.
  • QUERÔ
  • O DIA EM QUE O BRASIL ESTEVE AQUI
  • CRONICAMENTE INVIÁVEL
  • ESTAMIRA
  • MEU NOME NÃO É JHONNY
  • BICHO DE 7 CABEÇAS

Karina responde:

No seu dia a dia, no trabalho comunitário, ou mesmo nas ações em grupo que desenvolve seja ela em equipe, amizades, família, etc; onde percebe as situações de maiores conflitos? Quem as media? Como é feita? Reflita à luz de um autor de sua preferência. Você já leu? Esta lendo algum texto sobre o tema? Existe algum filme que te faz lembrar este tema de maneira particular? Por quê?
Atualmente, percebo situações de conflito nos grupos de estudo nos quais participo. Lutas de poderes entre quem sabe mais, quem leu mais, quem se mostra mais experto, quem parece mais inteligente e quem expressa a idéia mais brilhante. Luta de poderes e de egos. Situações que já me incomodaram mais, mas que recebo com mais naturalidade atualmente e me esforço por enxergá-los como possibilidades, já que a construção coletiva de práticas, saberes, conhecimentos e ações tem ocorrido na maioria das vezes no meio dessas situações de conflito.
Todos chegamos nos grupos com nossos saberes preconcebidos, com nossas verdades e não permitimos que ninguém nos questione, embora o nosso discurso seja o de aprender com o outro. Não queremos ser tirados de nossas estruturas, aquelas que temos construído durante anos, seja baseado na experiência ou nos livros que já limos.. que parecem o suficiente para nos permitir escrever um documento ou dar um bom argumento. Mas o conflito aparece quando me encontro com um outro, também com suas estruturas e suas verdades construídas individual e coletivamente. Mas, a riqueza aparece quando, como expressa Mejia: “Nessa tensão ocorre um processo de identificação de visões compartidas, construindo a diferença a traves de uma clara negociação cultura, que não está extensa a resistências individuais ao novo”.

Qualquer ato que exija a transformação do individuo, dos grupos e das organizações sociais trará junto o conflito, de outra forma, só serão processos fictícios. Mas acho que a “sacada” é pôr a dialogar os nossos saberes, conseguir manejar os conflitos e as tensões a partir de novas verdades construídas coletivamente e passiveis de ser desconstruídas e reconstruídas quantas vezes seja necessário.
RECOMENDO LER:
  • Fernando Sabater: Ética como amor próprio. Martins Fontes, São Paulo, 2000
  • Marco Raúl Mejia e Myriam Ines Awad G: Educación popular hoy en tiempos de globalización. Ediciones Aurora, Bogotá, 2007
RECOMENDO ASSISTIR:
  • Filme: "Entre os Muros da Escola"

Patricia S responde:

No seu dia a dia, no trabalho comunitário, ou mesmo nas ações em grupo que desenvolve seja ela em equipe, amizades, família, etc; onde percebe as situações de maiores conflitos? Quem as media? Como é feita? Reflita à luz de um autor de sua preferência. Você já leu? Esta lendo algum texto sobre o tema? Existe algum filme que te faz lembrar este tema de maneira particular? Por quê?
Primeiro é importante encarar o conflito como condição da convivência e existência humana. Avalio que de forma geral, temos uma idéia pré-concebida de conflito como sendo algo que está fora de nós, nas relações externas. No entanto, o desenvolvimento humano, dá provas contrárias, nosso ciclo vital é composto por várias fases e ao romper cada uma delas vivemos situações de conflito, muitas vezes solitárias e silenciosas. Por exemplo, a passagem da infância para adolescência é sempre conflituosa, a passagem da adolescência para juventude (etapa onde estamos firmando nossas identidades) também é conflituosa. Reforçando essa afirmação o texto de Carla Araújo (leitura sugerida para o tema desta semana) é bem ilustrativo de como um ambiente marcado pela violência urbana e estrutural influencia na construção da nossa identidade. No entanto, gostaria de destacar também os conflitos geracionais característicos da convivência familiar, que dificultam o diálogo e a compreensão tão importante na relação entre pais e filhos. Os conflitos inerentes ao ambiente escolar provenientes da falta de conhecimento e identidade dos profissionais que nela atuam para com a comunidade atendida. É como se a escola fosse um mundo a parte, que não considera seu entorno, os moradores, seus costumes, medos e suas expectativas (ou falta delas) para o futuro. Neste sentido, afirmo a importância do trabalho com as famílias, líderes comunitários e os agentes escolares como mediadores de conflitos. Neste processo de mediação avalio que algumas características são fundamentais: saber escutar (valeu a lembrança da nossa amiga Doralice quanto ao texto de Rubem Alves), a postura ética e imparcial, a identidade com os atores envolvidos no processo conciliatório, o incentivo as relações de diálogo e atitudes de cooperação, valorização das pessoas como protagonistas dos processos de conciliação e a visão positiva do conflito. Lilia Maia*, destaca a questão da informalidade no processo de mediação do conflito, informalidade no sentido de não vincular esse processo a regras rígidas (receitas), pois não há uma forma única predeterminada no processo de mediação, cada caso e situação tem as suas especificidades. Lilia Maia de Morais Sales, coordenadora Geral do Programa “Casa de Mediação Comunitária” da Secretaria da Justiça e Cidadania do estado do Ceará.
http://www.esmpu.gov.br/dicionario/tiki-index.php?page=Media%C3%A7%C3%A3o+de+conflitos (acessado em 24 de junho de 2009).

Doralice responde:

No seu dia a dia, no trabalho comunitário, ou mesmo nas ações em grupo que desenvolvem seja ele equipe, amizades, família, etc; onde percebe as situações de maiores conflitos? quem as media? Como é feita? Reflita à luz de um autor de sua preferência. Você já leu, esta lendo algum texto sobre o tema?

Percebo relações de conflito onde as relações são mais próximas ou densas, como na relação familiar, no trabalho e afetiva. Como diz a música “de perto ninguém é normal”.Em geral envolve conflito relacionado aos valores, principalmente entre o que se diz e o que se efetivamente faz.Já vivi uma situação de estar envolvida num conflito no ambiente de trabalho e contar numa mesa de reunião com dois mediadores de conflito habilidosos e vi a diferença que faz. Era uma situação difícil para mim e para a outra pessoa. A dupla de mediadores foi nos conduzindo à possibilidade do diálogo, da empatia e da reconciliação. Crescemos muito com esta experiência.Lendo um texto de Maria José Lobato Azevedo sobre mediação de conflito vi que a condução adotada por meus amigos mediadores foi adequada. No texto a autora reforça a idéia de que onde há pessoas há conflito. Fala da importância de alguns procedimentos, aliados a técnicas de escuta ativa, habilidades cognitivas, e assertividade para mediar um conflito. Me chama atenção esta questão da técnica, pois tenho um amigo que é formador de lideranças em mediação de conflito e ele sempre reforça esse aspecto, de que é possível treinar-se para desenvolver este papel, de que há técnicas.A autora cita no texto o provérbio português “ Da discussão nasce a luz”. Na minha experiência pude ver que a luz pode iluminar várias áreas de vida, tanto profissional como pessoal. Possibilitando relacionamentos mais leves também em outros campos. Quando penso na mediação de conflitos e na importância da escuta ativa recordo-me do texto maravilhoso de Rubem Alves sobre “Escutatória”, no qual ele diz que deveríamos fazer cursos não só de Oratória mas, principalmente, de Escutatória. “Não é bastante ter ouvidos para se ouvir o que é dito. É preciso também que haja silêncio dentro da alma”, Rubem Alves parafraseando Alberto Caeiro.

Fontes consultadas:http://www.naincerteza.com/site/page4/files/mediacao.pdf, acessado em 24 de junho de 2009.
ALVES, R. O amor que acende a lua. Campinas, SP. Papirus, 1999.

Jaciara responde:

No seu dia a dia, no trabalho comunitário, ou mesmo nas ações em grupo que desenvolvem seja ele equipe, amizades, família, etc; onde percebe as situações de maiores conflitos? quem as media? Como é feita? Reflita à luz de um autor de sua preferência. Você já leu, esta lendo algum texto sobre o tema?

Existe algum filme que te faz lembrar deste tema de maneira particular? Por qué? Em relação a mediação de conflitos procuro restabelecer a confiança, a reflexão,buscar acordo de convivência, ser imparcial, neutro e independente que resultem em relações salutares.Espero ter entendido as leituras, pois acredito que as relaçoes sistêmicas,onde aprendamos a ouvir o outro e aceita-lo como ele é, mas possibilitando a reflexão, nos leva a transformação social.

SEMANA III

TEMA DA SEMANA

Tratamento Comunitário

PERGUNTA DA SEMANA III

Construa em função dos textos uma proposta de tratamento comunitário que vc acredita que possa ser ideal para a sua realidade. Por favor nos apresente o objetivo, ações e resultados que pretendem alcançar

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Sergio responde:

Acho que um bom exemplo de tratamento comunitário foi o que realizei no bairro Vitória Régia, quando trabalhei na Lua Nova. Conhecia a comunidade através de redutores e líderes comunitários,realizávamos açoes de prevençao e de integraçao nas ruas,identificávamos os locais de concentraçoes de vulnerabilidades até que passamos a nos reunir na casa de uma moradora,onde as pessas iam chegando,conversávamos sobre os problemas,como desemrego,tráfico,abuso de drogas,e as pessoas iam discutindo sobre as questoes e buscando formas de solucioná-las.
Quando foi alugada uma casa pela Lua Nova para atividades de geraçao de renda,grupos,etc,o nucleo se esvaziou,pois nao era mais o espaço deles,entre outros problemas que ocorreram.Talvez tenha sido uma experiencia piloto que sirva para novo planejamento de açoes comunitárias,onde o protagonista seja se fato a comunidade,e nosso papel de técnico fique mais ao fundo.

Maysa responde:

PROBLEMA: Comunidade de Araçoiaba da Serra (Araçoiabinha) tem dificuldade de aceitar a Lua Nova no local, pois acreditam que as jovens mães que ali vivem no abrigo ou arredores são usuárias de drogas, bandidas, prostitutas, etc. Essa realidade dificulta a formação de redes subjetivas locais das jovens mães.

OBJETIVO: Fazer com que a comunidade local entenda quem é a população-alvo da Lua Nova e os objetivos de sua permanência no abrigo por um período de tempo mudando assim seu conceito sobre as problemáticas abordadas pela Lua Nova e seu papel fundamental na transformação efetiva da realidade das jovens.

AÇÕES:
- Realizar um mapeamento da Comunidade Local, identificando os principais atores, lideres comunitários, pessoas influenciadoras de opinião, cultura local, usos e costumes diagnosticando assim suas representações sociais.
- Conversar com esses atores e representantes;
- Elaborar uma campanha de publicidade da Lua Nova:
o Mostrar os trabalhos realizados;
o Contar quem são nossos parceiros;
o Mostrar nossa conquistas: prêmios, materiais produzidos, negócios implantados, números alcançados, etc;
o Falar sobre nossas dificuldades: financeiras, de espaço, de inserção das jovens, de mediação dos conflitos entre as jovens e população local, etc;
- Coletar, através de entrevistas e conversas com a pessoas quais são os problemas da comunidade local que não são relacionados com a Lua Nova e os pontos onde a Lua Nova causa incomodo.
- Fazer um paralelo dos problemas Lua Nova e problemas Comunidade e verificar as convergências.
- Propor idéias e soluções em conjunto para mitigar os problemas encontrados (atividades com os jovens, geração de renda, atividades culturais em conjunto, etc.).
- Realizar uma avaliação final da relação e suas transformações.

RESULTADOS ESPERADOS:
- Mostrar que a comunidade é formada por uma diversidade de pessoas e histórias de vidas que em algum ponto se convergem;
- Mostrar para comunidade que a Lua Nova pode ser um espaço de inclusão, apoio e estímulo para resolução de problemas locais;
- Que a comunidade entenda o quanto é importante e valioso contar com um espaço de acolhimento de pessoas e o quanto isso pode agregar valores na comunidade;
- Que os princípios da comunidade local também podem ser valorizados pelas jovens da Lua Nova;
- Que o poder público local se mobilize frente ao apoio e necessidade da Comunidade Local e passe a apoiar de maneira mais concreta a resolução de problemas encontrados.
- Que os serviços locais (creche, escola, Conselho Tutelar, posto de saúde, etc) possam ser estimulados a realizar mais ações em conjunto e em parceria com a Lua Nova.
- Que as jovens da Lua Nova se sintam mais acolhidas e menos julgadas pela comunidade local.
- Que a comunidade local (pessoas e poder publico) aceite as jovens da Lua Nova como cidadãs e pessoas que contribuem de alguma forma com o crescimento econômico e progresso do local.

Maria Clara responde:

De acordo com a minha realidade de trabalhar em um CAPSad e também como representante do COMAD:Objetivo: Implantação do Tratamento Comunitário no Município no maior número possível de comunidades.

Ações:
- Promover capacitação profissional aos que trabalham nos serviços de saúde
- Promover capacitação aos agentes de saúde e professores
- Promover treinamento de educadores pares para mapeamento das comunidades
- Fazer um levantamento das instituições existentes para conhecimento das redes locais

Resultados pretendidos: Alcançar os objetivos

Mariana Navarro responde:

Nome do Projeto: “Redescobrindo a história de Santo Amaro: Ver mais claro para caminhar mais longe”

Justificativa:

Segundo Cavalcanti (1998), o bairro de Santo Amaro teve suas origens em 1681, quando o Major Luís do Rego Barros construiu sobre as ruínas do Forte das Salinas uma capela sob a invocação de Santo Amaro das Salinas, cujo padroeiro deu seu nome ao bairro.
Segundo o historiador Pereira da Costa, as ruínas do forte ainda podiam ser vistas em 1816. Reduto holandês, o forte foi tomado pelos pernambucanos no dia 15 de janeiro (dia de Santo Amaro) de 1654.
O bairro de Santo Amaro, localizado na Região Político Administrativa I (RPA1), que corresponde aos bairros do centro da cidade é conhecido pelos altos índices de violência e pelo confronto freqüente da polícia com moradores. De uma forma geral, a população de Santo Amaro vive exposta à uma série de vulnerabilidades como abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, uso abusivo de drogas, bem como o tráfico que envolve cada vez mais adolescentes e jovens que, sem outras alternativas acabam por encontrar no mesmo um meio de sobrevivência financeira que infelizmente, como sabemos acaba a levá-los à conseqüências desastrosas como a morte; rixas entre gangues que impedem que muitos adolescentes e jovens tenham o direito de ir e vir, prejudicando dessa forma sua inclusão na escola formal, desemprego e toda uma série de exclusão social.


Objetivos:

Identificar as lideranças locais;
Identificar as Representações Sociais e as Minorias Ativas existentes na comunidade;
Identificar as redes existentes na comunidade (Associações de Bairro, ONGs, Postos de Saúde, Centros de atendimento à usuários de substâncias psicoativas, Centros de Referência da Assistência Social (CRAS e CREAS), Conselhos Tutelares, Conselhos de Direito, espaços de lazer, esporte e cultura, etc.
Promover integração e fortalecimento entre a rede existente na comunidade;
Identificar, junto aos moradores da comunidade, as potencialidades e fragilidades que a mesma possui;
Elencar, junto à comunidade, as necessidades da mesma para construção de um projeto de intervenção ou “interação”;
Construir, junto à comunidade, estratégias de ações para as necessidades elencadas pela mesma.

Ações:

Visitas à comunidade para, através de diálogos com os moradores mais antigos, identificar a história do bairro desde sua fundação;
Realização de rodas de diálogos sobre temas elencados pelos moradores, a fim de conhecer as representações sociais da comunidade sobre tais temas;
Visitas à comunidade a fim de identificar as lideranças e Minorias Ativas existentes na mesma;
Visitas à comunidade para conhecimento e identificação dos espaços que formam a rede local;
Visitas a cada um dos espaços identificados para conhecimento de seu funcionamento e nível de articulação com os outros espaços existentes na comunidade;
Realização de reuniões com os moradores da comunidade para, a partir do que foi identificado nas visitas e das opiniões dos mesmos, identificar as potencialidades e fragilidades do local;
Realização de reuniões com os moradores para construção de estratégias de ações para atender as necessidades identificadas.

Resultados Esperados:

Lideranças locais, Representações Sociais e Minorias Ativas identificadas;
Redes locais Identificadas e Fortalecidas;
Potencialidades e Fragilidades da comunidade identificadas;
Projeto de Intervenção construído de acordo com as necessidades da comunidade;
Fortalecimento da Auto-Estima dos moradores e futuros usuários do Projeto;
Resgate e Fortalecimento do sentimento de pertencimento dos moradores em relação à sua comunidade.

Doralice responde

Público escolhido:
Crianças e adolescentes que ficam no portão próximo ao Projeto 4 Varas (Bairro Pirambú – Fortaleza – CE). São crianças que vivem em situação de vulnerabilidade social, Muitos fazem uso de drogas, não estudam e trabalham nas ruas de Fortaleza.

Objetivo: Desenvolver ações que contribuam para uma melhor inserção social das crianças e adolescentes que freqüentam as cercanias do projeto 4 varas, de modo a favorecer um desenvolvimento físico, emocional e social saudável.

Objetivo específico: Promover a integração das crianças e adolescentes ao Projeto 4 varas

Ações:
Etapa 1 – Representações sociais
Fase 1 - Identificar por meio de entrevistas, questionários, observações e conversas informais (passos SIDIES), quais são as representações sociais dos moradores acerca das crianças e adolescentes e, também, dos participantes do Projeto 4 varas. Também serão identificadas as representações sociais sobre o uso de drogas, ociosidade e trabalho infantil.Nesta oportunidade identificar as principais lideranças locais.
Fase 2 - Identificar por meio de entrevistas, questionários, observações e conversas informais (passos SIDIES), quais são as representações sociais das crianças e adolescentes acerca do uso de drogas, ociosidade, trabalho infantil e projeto de vida.Nesta oportunidade identificar as principais lideranças.
Etapa 2 – Conhecendo a história
Fase 1 – Buscar conhecer a história da rua e do Projeto 4 varas. Conversar com os moradores mais antigos, buscar livros, jornais que digam da realidade local.
Etapa 3 – Projeto de ação social
Fase 1 – Convidar as crianças e adolescentes líderes para aprofundar a reflexão sobre quem são as crianças que ficam nas cercanias do projeto. Quais as qualidades, potenciais e sonhos que eles identificam em cada um.
Fase 2 – Convidar as crianças e adolescentes para desenharmos juntos ações que sejam do interesse deles e que possam ser desenvolvidas no projeto 4 varas. (ex.: ações de lazer, recreação, arte,...). Na qual eles assumam posição de líderes para usufruir, mas também coordenar e convidar outras crianças para participarem.
Fase 3 – Convidar a comunidade de adultos para participar das atividades
Etapa 4 – Resultados esperadosEspera-se que as crianças e adolescentes na sua condição especial de desenvolvimento possam ter voz e vez para propor atividades que lhes sejam agradáveis. Com o convívio com essas crianças sendo atores, num contexto de autonomia, respeito e valorização espera-se diminuir o estigma de crianças e adolescentes “drogados e problemáticos”, para eles mesmos e para a comunidade.É o resgate da beleza do estar junto com respeito, alegria, companheirismo e de forma saudável.

Jaciara responde:

A comunidade escolhida é Santo Amaro,localizada na RPA 1, nas proximidades do Shopping Center Tacaruna, os adolescentes e jovens que vivem nesta comunidade em sua maioria estão em situação de vulnerabilidade social, o indíce de violência, o uso de drogas, o narcotráfico, a exploração sexual e doméstica contra crianças , adolescentes, jovens e mulheres é gritante, como também o alcoolismo.Muitas mulheres são chefes de família e a renda familiar é em torno de um salário minímo.A maioria da população vive de atividades informais.Apesar desta situação de vulnerabilidade, miséria e pobreza, a comunidade vem desenvolvendo ações empreendedoras através da Rede de Santo Amaro, como também a criação da rede de apoio social.As 03 unidades da Casa de Passagem estão situadas nesta comunidade e damos assessoria as lideres comunitárias há 20 anos.

O objetivo desta ação é :Fortalecer a rede de apoio social, ampliando as ações comunitárias, o desenvolvimento local e o protagonismo político social com a criação dos educadores pares ,que serão do referência aos grupos minoritários.

Ações:Palestras sobre Mediação e resolução de conflitos com a participação ativa de adolescentes e jovens
Gincanas
Trabalhos voluntários em creches,escolas e outros
Tv de Rua
Caminhadas educativas sobre " Diga não a violência"
Cinema na Praça com o objetivo da reflexão sobre a Paz.

Resultados:
Diminuição do indíce de violência doméstica e sexual;
Diminuição do uso de drogas;
Diminuição de formação de gangues juvenis.
Aumento na frequência e assiduidade escolar
Ampliação e fortalecimento da rede de apoio social
Desenvolvimento local e visibilidade positiva da comunidade, com mudanças de paradgmas e quebra de tabus e estigmas.

Joana responde:

Objetivo
Implantar o conceito de Tratamento Comunitário nas Casas da Associação Reciclázaro.

Ações
Através do Centro de Formação, oferecer capacitação para a equipe tecnica, educadores e beneficiários, além de supervisonar todas as etapas que envolvem este projeto.

Resultados Esperados
Mudar o auto conceito que os idosos tem desta faixa etária, incentivando-os à retornar aos estudos e experimentar nova profissão (acreditam que o Albergue é sua "ultima parada" e que não tem mais idade para aprender ou iniciar novas habilidades). Mudar as representações sociais que a comunidade tem do idoso e morador de rua, incentivando-os a dar oportunidades de emprego para os moradores do albergue, além de enaltecer os idosos que retornam aos estudos, mostrando o crescimento adquirido atraves da escola. Ampliar a rede para possibilitar atendimentos de novos serviços de cultura, lazer e trabalho aos moradores da comunidade. Incentivar minorias ativas dentro dos albergues visando conscientizar a população de que não adianta trocar de albergues, é necessário que o poder público crie vagas de moradia a população que ganha um salário mínimo e deseja sua autonomia.

Andrea responde:

GERAÇÃO DE RENDA PARA IDOSOS E REPÚBLICA COM AUTO-GESTÃO
OBJETIVO
- Promover ao idoso em situação de rua, geração de renda e uma alternativa de moradia autônoma, com a saída definitiva da rua, propiciando o exercício da cidadania e qualidade de vida, além de combater a ociosidade e evitar o isolamento social.
JUSTIFICATIVA
- A problemática da moradia para idosos em situação de rua na cidade São Paulo, não se restringe ao fato da população viver em condições precárias e insalubres (baixos de viadutos, ruas, praças...). O problema habitacional, enfrentado hoje pelos idosos é agravado também pela inexistência de investimentos do Poder Público em habitação de interesse social. Além disso, a escassez crescente até de sub-moradias, revela não só a inexistência de oferta, mas também a total impossibilidade desses idosos arcarem com os custos de uma habitação segundo os moldes do mercado atual.As necessidades dos idosos vão além da saúde, habitação e qualidade de vida. O fato do mesmo se sentir útil e gerando a sua própria renda, fará com que sejam asseguradas a sua autonomia, auto-estima e dignidade.Como alternativa para o desemprego, um programa de geração de renda promoveria mudanças na cultura política, modificando a visão paternalista a respeito. Ao oferecer orientação, qualificação e crédito financeiro, possibilita-se o resgate da dignidade de pessoas que têm capacidade de produzir, porém, são discriminadas em nossa sociedade, pois o mercado de trabalho tem normas muito severas.
AÇÕES
-O projeto prevê a inclusão de quarenta idosos nas Oficinas do Núcleo Produtivo e do Centro de Formação Profissional e Educação Ambiental. Dos quarenta idosos, dez serão beneficiados com a moradia coletiva com auto-gestão.Aos moradores será oferecida participação nas atividades produtivas e de geração de renda, possibilitando o resgate de competências e habilidades do idoso no convívio social, fortalecendo sua autonomia e combatendo o isolamento e a ociosidade. Será desenvolvido um Programa de Atenção Psico-Social, com o objetivo de propiciar aos beneficiários, encontros onde, por meio de vivências de sensibilização, conscientização e reflexão, possam experenciar o contato com as questões emocionais relevantes, a troca com o outro e o repensar acerca dos relacionamentos interpessoais, tendo como perspectiva a melhoria do nível de convivência grupal e da auto-gestão, além de utilizar as habilidades adquiridas para gerar renda.
RESULTADOS
– Valorização do papel do idoso na sociedade, fortalecendo sua identidade, resgatando sua auto-estima, através da inserção nas Oficinas de geração de renda;
- Implantação de uma modalidade de moradia coletiva e permanente, influenciando nas políticas públicas neste segmento;
- Integração social e participação efetiva na comunidade;
- Resgate de competências e habilidades do idoso no convívio social, fortalecendo sua autonomia;
- Reconstrução de vínculos sociais.

Ricardo e Patricia respondem:

Projeto Belo Jardim

Apresentação
Essa proposta de tratamento comunitário vai atuar no Bairro Belo Jardim mais especificamente no entorno onde está localizada a Escola Municipal Maria Moreira. Na área escolhida temos em média 100 famílias. Esta comunidade está localizada em um município do interior da Paraíba, onde valores tradicionais ainda são muito cultivados pela população adulta e idosa. A localidade é desprovida de atenção por parte do poder público local, mas tem uma enorme capacidade de se reinventar e ser feliz através das expressões artísticas e culturais.

Potencialidades da Comunidade
- Escola (10 salas de aula)
- Quadra de esportes da escola
- Praça em frente à Igreja Católica
- Unidade do Programa Saúde da Família
- Associação Comunitária
- Centro Comunitário
- Casa da Família Situações de Risco Social
- População jovem sem oportunidades de trabalho
- Alto índice de adolescentes e jovens envolvidos com drogas
- Escola como ponto de venda de drogas
- Bens públicos deteriorados por atos de vandalismo
- Falta de opções e área de lazer para a população
- Famílias desestruturadas
- Altos índices de evasão e repetência escolar

Objetivos
- Levantamento dos líderes locais (adolescentes e jovens)
- Protagonismo juvenil
- Fomentar no grupo de líderes o sentimento de pertencimento social
- Promover reflexões sobre as representações sociais dos líderes e atores sociais com relação à comunidade e as pessoas que nela residem
- Formação e fortalecimento de redes locais convocando atores (potencialidades) a pensarem ações de valorização e resgate dos saberes e conhecimentos comunitários
- Envolver atores sociais da escola (professores e demais funcionários) em atividades de escuta e diálogo com os adolescentes e jovens
- Fomentar parceria e desenvolvimento de ações intersetoriais entre escola, programa de saúde da família e demais aparelhos comunitários
- Trabalhar o conceito e a prática da redução de danos

Ações e reações:
- Realização de um Festival de Talentos no ginásio da escola onde grupos da comunidade seriam convidados a participar apresentando suas produções
- Realização de um campeonato de peladas no ginásio da Escola
- Mapeamento das lideranças e criação de um grupo de discussão e debates sobre os problemas da comunidade e da população de adolescentes e jovens
- Realização de gincana educativa e torneio esportivo envolvendo professores/as e alunos/as contribuindo para sua integração e descontração das relações
- Criar espaços de diálogo dentro da escola envolvendo alunos/as e professores/as para tratar de assuntos referentes à vida, pensamentos, impressões e dificuldades do cotidiano dos/as alunos/as
- Promover grupos de escuta para usuários de drogas e familiares trabalhando o conceito e a prática da redução de danos
- Planejar ações integradas envolvendo os aparelhos comunitários existentes na comunidade - Revitalizar a ação da associação comunitária implantando um coletivo jovem neste espaço para atuar e planejar ações específicas para esse público
- Organizar grupos de estudos para apoiar adolescentes e jovens no tocante ao seu desenvolvimento educacional
- Explorar o intercâmbio de idéias e troca de informações utilizando estratégias tecnológicas (internet, Orkut, blog e rádio comunitária)
- Criação de um grupo de teatro trabalhando a metodologia do Teatro do Oprimido

Resultados Esperados:
- Visibilidade do potencial artístico e cultural e elevação da auto-estima da comunidade
- Protagonismo juvenil
- Valorização dos bens públicos e comunitários
- Relações entre professores/as e alunos/as pautadas no diálogo
- Redução das taxas de evasão e abandono escolar
- Adolescentes e jovens trocando saberes experiências através das novas tecnologias
- Grupo de Teatro do Oprimido formado
- Redução de danos através de ações na área da saúde e educação

domingo, 21 de junho de 2009

Marta responde:

Construa em função dos textos uma proposta de tratamento comunitário que vc acredita que possa ser ideal para a sua realidade. Por favor nos apresente o objetivo, ações e resultados que pretendem alcançar

Objetivo:Melhorar a qualidade de vida das pessoas em uma comunidade de alto risco, proporcionando possibilidades de re-inserção social.

Açoes:Diagnóstico da Comunidade para entao pensar em açoes que reduzam de forma significativa os problemas vivenciados por essa comunidade, evitando que se veja de forma passiva o ir e vir de tal problemática.
Elas devem ser pensadas como partes de um todo, menos como uma somatória, lineares, consecutivas, e mais como um conjunto de ações articuladas internamente em uma teia relacional, que dá sentido aos diferentes aspectos que compõem um mesmo todo.
Com as ações coordenadas e orientadas, acredito que através das forças individuais somadas, as mudanças sociais necessárias deixam de ser inatingíveis e passam a ser possíveis e realizáveis. Desta forma as possibilidades de reinserção social passam a ser mais concretas.
Pontuo algumas açoes que já foram positivas em meu trabalho com comunidades,mas que dependerao do diagnóstico e desejo dos atores:
. Grupos de terapia comunitária, que são abertos, qualquer pessoa da comunidade poderá participar, e em qualquer momento. Podem ser realizados na comunidade através de instituições religiosas, centros comunitários, associação de moradores, ou em qualquer outro espaço disponível. Os grupos serão semanais, com duração de duas horas, coordenados por dois terapeutas com experiência em terapia comunitária.
. Para a redução de danos, além das trocas de seringas descartáveis e sua respectiva coleta, os educadores sociais pares devem realizar educação sanitária, promover a solidariedade entre as pessoas, procurando integrar pessoas e comunidades no resgate da dignidade e da cidadania, contribuindo para a diminuição de vários tipos de exclusão. Além de informar e orientar quanto a práticas mais seguras, o educador deve avaliar as necessidades junto à equipe para posterior encaminhamento aos serviços de saúde, escola e trabalho, já que se torna necessário identificar ações precisas, pontuais e que respondam as demandas manifestas.
. Desenvolver atividades de prevenção e inserção social de pessoas que vivem em situação de vulnerabilidade, oferecendo meios de auto sustentabilidade, através de oficinas de geração de renda, cursos de educação não formal, música, teatro e informática, etc, de acordo com as possibilidades e disponibilidades da comunidade.
.Oferecer aos multiplicadores oficinas de capacitação, estágio em campo, participação em grupos de estudo, discussão de casos, avaliação dos procedimentos e encontros técnicos científicos.

Resultados:Comunidade fortalecida,em busca constante de novas maneiras de interagir com a realidade.

sábado, 20 de junho de 2009

Mariana, Sandra, Walter, Jaqueline e Patricia respondem:

Construa em função dos textos uma proposta de tratamento comunitário que vc acredita que possa ser ideal para a sua realidade. Por favor nos apresente o objetivo, ações e resultados que pretendem alcançar

Em discussão com toda equipe do Tratamento Comunitário da Lua Nova, chegamos a um consenso:

Objetivos:
- Promoção da mudança das Representações Sociais
- Formação e fortalecimento das redes locais
- Redução de danos
- Promoção da melhoria da qualidade de vida da comunidade
- Promoção do desenvolvimento sustentável da comunidade
- Promoção do empoderamento da comunidade
- Promoção do protagonismo juvenil
- Foco no resgate das habilidades

Ações:
- Realização de Eventos Transformadores (Maratona Criativa, Dia D, Eletrocooperativa e etc)
- Saida a campo com foco na redução de danos
- Mapeamento da comunidade
- Oficinas de fotografia, silk, fotojornalismo, CCP (Cronicas, Contos e Poesias), Artes, Fotonovela, Teatro e Manicure
- Grupos juvenis, direcionados aos jovens e geridos por jovens, o Jeito Jovem: que visa conscientização e multiplicação de jovens agentes sociais transformadores de sua propria realizade e o E-Jovem: um grupo de jovens LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transsexuais e Transgeneros)que visa o acolhimento, o dialogo aberto e o fortalecimento de vinculos entre os jovens desse grupo.

Resultados Alcançados:
- Protagonismo Juvenil
- Resgate da auto estima
- Sentimento de pertencimento social
- Diminuição do uso abusivo de drogas
- Uso seguro de drogas
- Resgate e descoberta de potencialidades
- Cooperativa Silk Mundando Vidas, criada pelos proprios jovens
- Fanzine mensal "OLHE!" elaborado pelos jovens.
- Dois jogos elaborados pelos jovens de acordo com o seu cotidiano

Resultado esperado
- Cada vez mais jovens aderindo aos projetos
- Realização de novos Eventos Transformadores
- Que a Cooperativa de Silk gere renda a todos os seus participantes
- Que o Fanzine "OLHE!" gere renda a todos os seus participantes
- Criação de uma rádio comunitária
- Aumento e fortalecimento da rede local

Raquel responde:

Construa em função dos textos uma proposta de tratamento comunitário que vc acredita que possa ser ideal para a sua realidade. Por favor nos apresente o objetivo, ações e resultados que pretendem alcançar

Tratamento comunitário

Imagino cada vez mais atuando com este tema que o importante no desenvolvimento das ações de tratamento comunitário seja fazer com que a comunidade, se conheça, se respeite e saiba como atuar em complementariedade. O grande problema desta proposta é o poder. Atuar nesta proposta nos faz perder o poder e oferecê-lo totalmente a comunidade. Assim, que papel assumimos. Como podemos ser imprescindíveis em uma proposta onde nos somos protagonistas?. Talvez este seja uma proposta que faço.

Objetivo: Atuar em uma comunidade facilitando redes , otimizando seus recursos integrando-os sem desejar ou atuar como protagonistas e sim como facilitadores substituíveis

Ações:

- Ouvir a comunidade com o que ela tem para dizer e não dizer a ela o que tem que ser

- Respeitar os valores e conceitos dos lideres das redes sem impor nossos próprios

- Valorizar simples atos do dia a dia

Resultado:

- Não esperar que ninguém mude, quem somos nós para que isso aconteça

- Imaginar que as relações se implementaram e que diálogos são mais possíveis

- Poder olhar para a comunidade e dizer : Eles se conhecem