Penso ser necessário sistematizar a prática para produzir conhecimento, refletindo sempre sobre o que foi experenciado para aprimorar, torna-la mais consistente, servindo como metodologia de formaçao para outros profissionais.Minhas questões são a respeito da separação que ainda se faz entre avaliação e sistematização, já que o conhecimento é produzido daquilo que é relevante, dados obtido a partir da avaliação.A partir da leitura da conversa entre Cristina Meirelles e Rogério Silva, no texto sugerido, me pergunto se realmente é possível sistematizar qualquer prática, sem inserir juízo de valores naquilo que está sendo investigado, e o quanto esse fator interfere na produção de conhecimento.Participei em 2008, da avaliação do Programa Além das Letras, como pesquisador da casa 7. Tinham sido selecionados 20 municípios cujas secretarias de Educação mantinham programas de formaçao de professores. Os técnicos das secretarias recebiam consultoria pedagógica a distancia, e o projeto foi avaliado após um ano. Passei uma semana em um dos municípios que havia participado da formaçao, fazendo entrevistas, aplicação de questionários e grupos focais com técnicos, coordenadores, diretores e professores, além da aplicação de prova para alunos do segundo ano do ensino fundamental.Os dados foram copilados, avaliados quantitativa e qualitativamente, e os resultados indicaram que o índice de alfabetização e aprovação aumentou de 80% para 90%.Tornou-se clara a necessidade da continuidade do projeto.Posso dizer que foi uma experiência interessante no sentido da efetividade do método, da possibilidade de multiplicar o programa para outros municípios, etc, mas o processo em si é demorado e trabalhoso. Percebo que na prática de fato não temos o hábito de fazer registros de nossas ações, o que dificulta a criação de indicadores para avaliação, sistematização e multiplicação das ações.