Atualmente trabalho na equipe de Acompanhamento e Avaliação de 52 projetos que compõem o Programa Vida Nova desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos de Pernambuco. Em nosso trabalho, realizamos visitas técnicas com o intuito de acompanhar e avaliar as ações desenvolvidas pelos projetos, de acordo com seus planos de trabalhos enviados no momento de firmação de convênio com a secretaria. Os projetos são desenvolvidos por municípios e organizações não governamentais e desenvolvem atividades de esportes, cultura, elevação da escolaridade e lazer, com crianças, adolescentes e jovens.
O monitoramento das instituições que desenvolvem ações na área da Assistência está previsto na Política Nacional de Assistência Social e é de fundamental importância para a qualidade das ações oferecidas aos usuários. No entanto, ainda encontramos bastante dificuldade em algumas instituições ou municípios devido à idéia que muitas mantém, do monitoramento como fiscalização, o que gera bastante resistência por parte dos profissionais e dificulta o trabalho de nossa equipe em pontuar eventuais dificuldades e orientar no sentido da resolução das mesmas.
No momento das visitas, acompanhamos as atividades, dialogamos com a equipe, com os usuários, com as famílias e com pessoas da comunidade, a fim de realizarmos uma avaliação de maneira integral, observando todas as partes envolvidas no processo. Para isso, utilizamos um instrumental que contém, entre outras coisas, os avanços, as dificuldades e as intervenções realizadas naquela visita. O instrumental, ao final da visita, é assinado por todos que participaram da mesma e uma cópia é deixada na instituição como forma de controle da equipe. A cada visita, são observadas as intervenções da visita anterior e o andamento das providências necessárias ao que foi pontuado como dificuldade.
Em relação à Sistematização, em meu trabalho anterior com adolescentes e jovens em conflito com a lei, participei da sistematização do trabalho desenvolvido com as famílias dos usuários. Este processo durou um ano e resultou na publicação da cartilha: Família: Base da Ressocialização disponível no site www.retome.org.br
Acredito que a sistematização das ações, apesar de ainda estar ausente da rotina de grande maioria das instituições, constitui um dos recursos indispensáveis ao desenvolvimento das ações, pois, além de significarem o registro das mesmas, nos leva à reflexão a respeito do que já foi feito e do que poderemos fazer para melhorar cada vez mais nossas práticas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário