Minha experiência na sistematização começou quando, ainda na faculdade, comecei a participar de um projeto de extensão atuando como alfabetizadora de jovens e adultos trabalhadores da construção civil da grande João Pessoa (Projeto Escola Zé Peão). Toda semana tínhamos que fazer o registro das atividades desenvolvidas, os sucessos, as dificuldades e o que estávamos propondo para semana seguinte a partir daquela análise. Era uma atividade penosa, nem sempre prazerosa, pois exigia disciplina, reflexão e sensibilidade com o fazer.
A coordenadora responsável pelo acompanhamento pedagógico fazia a leitura e dava um retorno no momento de apresentação e discussão do planejamento. Foram três anos nesse movimento, hoje sei o quanto esse processo me ajudou e me fez crescer. Não seria a profissional que sou hoje, sem que tivesse vivido essa experiência. Quando sentava para fazer meu relatório tinha que rememorar toda minha prática, sempre acabava vendo as coisas por outro prisma: poderia ter feito assim essa atividade, ou poderia ter usado esse material e não esse...
Lembro que o tema da sistematização fazia parte dos conteúdos discutidos no processo seletivo do projeto. Na formação inicial já fazíamos leitura e discutíamos sobre a importância de sistematizar as experiências. Tínhamos instrumentos (roteiros para o relatório semanal) e trabalhávamos muito com indicadores subjetivos aliados a meta final e principal: alfabetizar jovens e adultos operários da construção civil. Também tínhamos um método, princípios a seguir tudo isso dava um norte a nosso fazer diário.
Outro aspecto importante era o acompanhamento sistemático oferecido aos bolsistas. Para qualquer dúvida, tínhamos um porto seguro para conversar e discutir alternativas de intervenção mais eficazes considerando o contexto e a realidade do aluno. Depois vivenciei a experiência de estar no projeto como coordenadora e de acompanhar e orientar bolsistas, vendo a experiência por outro ângulo. Trabalhando na sistematização dos processos mais gerais, que não diziam respeito somente a minha sala de aula.
Ao começar trabalhar no Centro Dom Hélder Câmara foi difícil, pois tive que me adaptar a toda uma linguagem específica dessa área, compreender a dinâmica da Instituição para assim ter maior clareza do caminho e do ponto de chegada. Como já mencionei anteriormente, sistematização tem haver com disciplina, reflexão e sensibilidade. Acrescentaria ainda a socialização da experiência, garantindo a replicação da prática pedagógica. O desafio está em como fazer de forma significativa gerando prazer e aprendizado para quem esteja envolvido?
Acredito ser necessário compreender que existem várias formas e instrumentos para sistematização. Cada experiência, cada realidade se identificará com um ou outro instrumento dependendo da prática e dos objetivos fins da ação. Temos uma diversidade de ações e também uma diversidade de instrumentos.
A colega tem toda razão quando chama atenção para dicotomia existente: reconhece-se a necessidade da sistematização, mas ao mesmo tempo essa necessidade não é valorizada pelos órgãos financiadores. Deixo como contribuição a seguinte pergunta: como fazer o equilíbrio no processo de avaliação e sistematização dos aspectos qualitativos e quantitativos? Quais os instrumentos mais adequados para mesurar os aspectos qualitativos e uma experiência?
A coordenadora responsável pelo acompanhamento pedagógico fazia a leitura e dava um retorno no momento de apresentação e discussão do planejamento. Foram três anos nesse movimento, hoje sei o quanto esse processo me ajudou e me fez crescer. Não seria a profissional que sou hoje, sem que tivesse vivido essa experiência. Quando sentava para fazer meu relatório tinha que rememorar toda minha prática, sempre acabava vendo as coisas por outro prisma: poderia ter feito assim essa atividade, ou poderia ter usado esse material e não esse...
Lembro que o tema da sistematização fazia parte dos conteúdos discutidos no processo seletivo do projeto. Na formação inicial já fazíamos leitura e discutíamos sobre a importância de sistematizar as experiências. Tínhamos instrumentos (roteiros para o relatório semanal) e trabalhávamos muito com indicadores subjetivos aliados a meta final e principal: alfabetizar jovens e adultos operários da construção civil. Também tínhamos um método, princípios a seguir tudo isso dava um norte a nosso fazer diário.
Outro aspecto importante era o acompanhamento sistemático oferecido aos bolsistas. Para qualquer dúvida, tínhamos um porto seguro para conversar e discutir alternativas de intervenção mais eficazes considerando o contexto e a realidade do aluno. Depois vivenciei a experiência de estar no projeto como coordenadora e de acompanhar e orientar bolsistas, vendo a experiência por outro ângulo. Trabalhando na sistematização dos processos mais gerais, que não diziam respeito somente a minha sala de aula.
Ao começar trabalhar no Centro Dom Hélder Câmara foi difícil, pois tive que me adaptar a toda uma linguagem específica dessa área, compreender a dinâmica da Instituição para assim ter maior clareza do caminho e do ponto de chegada. Como já mencionei anteriormente, sistematização tem haver com disciplina, reflexão e sensibilidade. Acrescentaria ainda a socialização da experiência, garantindo a replicação da prática pedagógica. O desafio está em como fazer de forma significativa gerando prazer e aprendizado para quem esteja envolvido?
Acredito ser necessário compreender que existem várias formas e instrumentos para sistematização. Cada experiência, cada realidade se identificará com um ou outro instrumento dependendo da prática e dos objetivos fins da ação. Temos uma diversidade de ações e também uma diversidade de instrumentos.
A colega tem toda razão quando chama atenção para dicotomia existente: reconhece-se a necessidade da sistematização, mas ao mesmo tempo essa necessidade não é valorizada pelos órgãos financiadores. Deixo como contribuição a seguinte pergunta: como fazer o equilíbrio no processo de avaliação e sistematização dos aspectos qualitativos e quantitativos? Quais os instrumentos mais adequados para mesurar os aspectos qualitativos e uma experiência?
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