A partir da visão sistêmica que o Tratamento Comunitário nos traz, ou seja, de um modo de ver o ser humano em sua totalidade, sujeito-família-comunidade-sociedade, podemos compreender que o tema “prazer” é de fundamental importância no trabalho com pessoas, principalmente, as que se encontram em situação de vulnerabilidade social. Isto porque, em nossa sociedade capitalista, e do espetáculo, como citada em resposta anterior, a ordem é sentir prazer e ser feliz. E, para o capitalismo, o que mais promove o prazer e a felicidade? O consumo.
Os adolescentes e jovens, por exemplo, “precisam” de um tênis e uma calça de marca para serem felizes, e, este, é apenas um dos motivos que acaba levando muitos adolescentes a cometerem atos infracionais para alcançarem este prazer que é vendido a eles pela televisão, mas que o Estado, em sua desigual distribuição de renda, não lhes proporcionou condições de acesso. Neste caso há um agravante; temos a tendência a achar (representações sociais construídas) que esses adolescentes e jovens precisam de coisas “básicas” para sobreviver. Mas, desde quando um tênis de marca não é básico? Por que o é para o jovem rico e não para o jovem pobre?
E, quando falamos sobre o tema do uso de substâncias psicoativas, por que temos a tendência à relacioná-lo a coisas ruins e não ao prazer? O próprio nome que designamos à estas substâncias, “drogas”, nos dá uma idéia de algo ruim. Precisamos refletir, porém, sobre o prazer que elas trazem para quem se utiliza delas. Afinal, será que se fosse ruim assim, alguém usaria?
Precisamos pensar e falar mais e mais sobre “drogas” e redução de danos. Se começarmos a pensar seriamente nesses assuntos e tomarmos decisões informadas e conscientes, talvez possamos diminuir e muito, os danos, as mortes, os gastos e, principalmente, os sofrimentos provocados pelo uso e comércio de drogas.
Conhecer as redes de relações dos usuários e das comunidades, o que lhes causa prazer e dor, é de fundamental importância para o trabalho no Tratamento Comunitário. Traçar e implementar estratégias para reduzir os danos e melhorar a qualidade de vida das pessoas e das comunidades, acredito ser o nosso maior desafio.
Os adolescentes e jovens, por exemplo, “precisam” de um tênis e uma calça de marca para serem felizes, e, este, é apenas um dos motivos que acaba levando muitos adolescentes a cometerem atos infracionais para alcançarem este prazer que é vendido a eles pela televisão, mas que o Estado, em sua desigual distribuição de renda, não lhes proporcionou condições de acesso. Neste caso há um agravante; temos a tendência a achar (representações sociais construídas) que esses adolescentes e jovens precisam de coisas “básicas” para sobreviver. Mas, desde quando um tênis de marca não é básico? Por que o é para o jovem rico e não para o jovem pobre?
E, quando falamos sobre o tema do uso de substâncias psicoativas, por que temos a tendência à relacioná-lo a coisas ruins e não ao prazer? O próprio nome que designamos à estas substâncias, “drogas”, nos dá uma idéia de algo ruim. Precisamos refletir, porém, sobre o prazer que elas trazem para quem se utiliza delas. Afinal, será que se fosse ruim assim, alguém usaria?
Precisamos pensar e falar mais e mais sobre “drogas” e redução de danos. Se começarmos a pensar seriamente nesses assuntos e tomarmos decisões informadas e conscientes, talvez possamos diminuir e muito, os danos, as mortes, os gastos e, principalmente, os sofrimentos provocados pelo uso e comércio de drogas.
Conhecer as redes de relações dos usuários e das comunidades, o que lhes causa prazer e dor, é de fundamental importância para o trabalho no Tratamento Comunitário. Traçar e implementar estratégias para reduzir os danos e melhorar a qualidade de vida das pessoas e das comunidades, acredito ser o nosso maior desafio.
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