No seu dia a dia, no trabalho comunitário, ou mesmo nas ações em grupo que desenvolve seja ela em equipe, amizades, família, etc; onde percebe as situações de maiores conflitos? Quem as media? Como é feita? Reflita à luz de um autor de sua preferência. Você já leu? Esta lendo algum texto sobre o tema? Existe algum filme que te faz lembrar este tema de maneira particular? Por quê?
Primeiro é importante encarar o conflito como condição da convivência e existência humana. Avalio que de forma geral, temos uma idéia pré-concebida de conflito como sendo algo que está fora de nós, nas relações externas. No entanto, o desenvolvimento humano, dá provas contrárias, nosso ciclo vital é composto por várias fases e ao romper cada uma delas vivemos situações de conflito, muitas vezes solitárias e silenciosas. Por exemplo, a passagem da infância para adolescência é sempre conflituosa, a passagem da adolescência para juventude (etapa onde estamos firmando nossas identidades) também é conflituosa. Reforçando essa afirmação o texto de Carla Araújo (leitura sugerida para o tema desta semana) é bem ilustrativo de como um ambiente marcado pela violência urbana e estrutural influencia na construção da nossa identidade. No entanto, gostaria de destacar também os conflitos geracionais característicos da convivência familiar, que dificultam o diálogo e a compreensão tão importante na relação entre pais e filhos. Os conflitos inerentes ao ambiente escolar provenientes da falta de conhecimento e identidade dos profissionais que nela atuam para com a comunidade atendida. É como se a escola fosse um mundo a parte, que não considera seu entorno, os moradores, seus costumes, medos e suas expectativas (ou falta delas) para o futuro. Neste sentido, afirmo a importância do trabalho com as famílias, líderes comunitários e os agentes escolares como mediadores de conflitos. Neste processo de mediação avalio que algumas características são fundamentais: saber escutar (valeu a lembrança da nossa amiga Doralice quanto ao texto de Rubem Alves), a postura ética e imparcial, a identidade com os atores envolvidos no processo conciliatório, o incentivo as relações de diálogo e atitudes de cooperação, valorização das pessoas como protagonistas dos processos de conciliação e a visão positiva do conflito. Lilia Maia*, destaca a questão da informalidade no processo de mediação do conflito, informalidade no sentido de não vincular esse processo a regras rígidas (receitas), pois não há uma forma única predeterminada no processo de mediação, cada caso e situação tem as suas especificidades. Lilia Maia de Morais Sales, coordenadora Geral do Programa “Casa de Mediação Comunitária” da Secretaria da Justiça e Cidadania do estado do Ceará.
http://www.esmpu.gov.br/dicionario/tiki-index.php?page=Media%C3%A7%C3%A3o+de+conflitos (acessado em 24 de junho de 2009).
http://www.esmpu.gov.br/dicionario/tiki-index.php?page=Media%C3%A7%C3%A3o+de+conflitos (acessado em 24 de junho de 2009).
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