Medo. Medo. Medo. O cotidiano está repleto de medo, em especial o que ameaça a vida.
Segurança - Quem vive numa cidade com riscos de sofrer alguma violência sabe bem o que é isso. A insegurança em casa, nas ruas. Para isto busca-se mil e uma estratégias. A intenção é diminuir essa sensação. Procura-se estar mais atento ao andar nas ruas, observar mais as pessoas à volta, evitar tais locais, tais horários...ou aumentar os recursos de segurança em casa.
Medo da morte - O medo de morrer de alguma doença também é algo que pode tirar o sono. Como ter total domínio sobre este ser complexo que somos nós? Por mais que se busque cuidar disso e daquilo...alimentação, exercício físico...garantias absolutas não temos.
Medo de não ser aceito – Êita medo danado esse. Tão comum como os outros. Sentir –se fora, deslocado, não amado, discriminado, isolado. As estratégias então são as mais variadas possíveis. O texto enviado pela Karina para subsidiar as reflexões desta semana dão bons exemplos de estratégias utilizadas para evitar o medo de não ser aceito. Como por exemplo, consumir para ser objeto do desejo do consumo.
Medo de sentir medo – E dá-le remédios para aplacar o sofrimento.
Cada vez mais me convenço de que a frase socrática "Conhece-te a ti mesmo" cabe como uma luva nessa reflexão sobre o medo.
Conhecer a si. Conhecer o que traz medo e buscar formas de lidar com ele de modo a ampliar os recursos diante da vida é uma forma de crescimento, amadurecimento.
Refletir permanentemente sobre o que de fato é essencial na vida é fundamental para não ser engolido pela máquina sedutora do consumo. Máquina apelativa que se faz tão presente nos meios de comunicação de massa.
Rubem Alves nos leva a refletir de forma profunda e bela no seu texto "Sobre simplicidade e sabedoria" quando diz que sabedoria é a arte de degustar. Desgutar a partir de uma escolha. Num contexto no qual o mundo do consumo e da multiplicidade não tem vez. O medo também vem do desconhecido.
Medo + desconhecimento + fantasmas + + + gera muitas vezes preconceito. Idéias rasas, com fundamento questionável e que orientam posturas. Essa reflexão é bem válida quando pensamos no usuário de drogas. Tem uma frase que o Adalberto Barreto usa que cabe nesse contexto: "quando eu compreendo eu não julgo". Compreender, ampliar a percepção é também uma forma de lidar com os medos. Dissipar fantasmas. Deixar entrar a luz.
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