De acordo com a bibliografia enviada e outras que vocês possam conhecer ao respeito. Que representações sóciais hoje você acredita que devam ser transformadas e que minorias ativas deveriam assumir este processo?
Inicialmente, ressalto que gostei das bibliografias encaminhadas. Profundas, ricas.
Inicialmente, ressalto que gostei das bibliografias encaminhadas. Profundas, ricas.
Vamos à pergunta da semana. Drogado. Noiado. Maconheiro. Doidão. Perdido. Quem já não se deparou com expressões como estas? Ou mesmo: “Drogas matam”. “Drogas. Caminho certo para a morte”.Estamos imersos num mundo de expressões que dizem de percepções, visões e, também, comportamentos. Se percorrermos a história no que concerne às visões quanto ao uso de drogas no nosso país veremos que várias mudanças foram alcançadas, mas há ainda muito o que caminhar.Para intervir nas representações sociais de um grupo devemos buscar conhecer quais são estas representações, de que forma elas estão interferindo na qualidade de vida destas pessoas e quais as alternativas de mudanças. Farei minha análise com base em um exemplo específico. Uma representação social a ser revista é que somente a informação previne o uso de drogas. Essa representação social influi na postura de educadores que acreditam que para caracterizarem uma ação como de prevenção do uso de drogas é imprescindível que se aborde tipos de drogas, malefícios...Se partirmos de uma visão preventiva pautada na educação para a autonomia, escolhas responsáveis, aumento do conhecimento de si, melhoria da auto-estima, incentivo ao protagonismo social, participação, diversificação das opções de lazer e prazer...estaremos sim numa ação de prevenção ao uso de drogas na qual a drogas, muitas vezes, nem entra na pauta. Minorias ativas que podem assumir esse processo de mudança na percepção dos educadores do que seja uma ação preventiva, pode ser um grupo de educadores, ou mesmo um único líder com poder de influência, que apresentem perante o coletivo de uma escola esta nova perspectiva. Apresente por meio de conversas informais, grupos de estudo, implementação de projetos, convites ao planejamento e execução em parceria, visitas a outras iniciativas que atuam numa perspectiva diferenciada da “norma”, pesquisas científicas.É muito interessante notar como uma liderança pode exercer influência sobre um coletivo. E que este “poder” pode ser utilizado em prol de mudanças que contribuam para minimizar, ou extinguir, posturas e perspectivas que alimentem preconceitos e exclusões, tal como é comumente associado ao usuário de drogas e às açõesde atenção e prevenção ao uso de drogas.
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