No seu dia a dia, no trabalho comunitário, ou mesmo nas ações em grupo que desenvolve seja ela em equipe, amizades, família, etc; onde percebe as situações de maiores conflitos? Quem as media? Como é feita? Reflita à luz de um autor de sua preferência. Você já leu? Esta lendo algum texto sobre o tema? Existe algum filme que te faz lembrar este tema de maneira particular? Por quê?
Atualmente, percebo situações de conflito nos grupos de estudo nos quais participo. Lutas de poderes entre quem sabe mais, quem leu mais, quem se mostra mais experto, quem parece mais inteligente e quem expressa a idéia mais brilhante. Luta de poderes e de egos. Situações que já me incomodaram mais, mas que recebo com mais naturalidade atualmente e me esforço por enxergá-los como possibilidades, já que a construção coletiva de práticas, saberes, conhecimentos e ações tem ocorrido na maioria das vezes no meio dessas situações de conflito.
Todos chegamos nos grupos com nossos saberes preconcebidos, com nossas verdades e não permitimos que ninguém nos questione, embora o nosso discurso seja o de aprender com o outro. Não queremos ser tirados de nossas estruturas, aquelas que temos construído durante anos, seja baseado na experiência ou nos livros que já limos.. que parecem o suficiente para nos permitir escrever um documento ou dar um bom argumento. Mas o conflito aparece quando me encontro com um outro, também com suas estruturas e suas verdades construídas individual e coletivamente. Mas, a riqueza aparece quando, como expressa Mejia: “Nessa tensão ocorre um processo de identificação de visões compartidas, construindo a diferença a traves de uma clara negociação cultura, que não está extensa a resistências individuais ao novo”.
Qualquer ato que exija a transformação do individuo, dos grupos e das organizações sociais trará junto o conflito, de outra forma, só serão processos fictícios. Mas acho que a “sacada” é pôr a dialogar os nossos saberes, conseguir manejar os conflitos e as tensões a partir de novas verdades construídas coletivamente e passiveis de ser desconstruídas e reconstruídas quantas vezes seja necessário.
RECOMENDO LER:
- Fernando Sabater: Ética como amor próprio. Martins Fontes, São Paulo, 2000
- Marco Raúl Mejia e Myriam Ines Awad G: Educación popular hoy en tiempos de globalización. Ediciones Aurora, Bogotá, 2007
RECOMENDO ASSISTIR:
- Filme: "Entre os Muros da Escola"
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